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Lisboa no 174º lugar do ranking das cidades mais caras de logística em todo o mundo

20 de maio de 2021

De acordo com o Global Logistics Outlook 2021 da Cushman & Wakefield, Londres é a localização logística mais cara do mundo e Lisboa ocupa o 174º lugar do ranking.

Segundo Andreia Almeida, Associate Director, Diretora de Research & Insight da Cushman & Wakefield, “a disrupção sem precedentes causada pela pandemia de Covid -19 e a forma como os consumidores tiveram de alterar os seus comportamentos, redesenharam o futuro da indústria logística ao expor as vulnerabilidades das cadeias de abastecimento e ao acelerar o desenvolvimento de tecnologias.”

Com base nos dados do final do ano passado, a taxa de disponibilidade continua a diminuir nas principais localizações logísticas da Europa. Os mercados holandês e britânico registam um valor já baixo de 4% de desocupação, enquanto localizações como Roterdão, Lyon, Praga e Budapeste, têm apenas 2%. Esta escassa oferta de produto logístico, tem levado a alguma construção especulativa, embora ainda sem aumento visível das disponibilidades, e sem correção nos valores de rendas.

No ranking apresentado na nova publicação, Londres é a localização logística mais cara do mundo com rendas anuais de 225 euros/m2, seguida de Hong Kong com 180 euros/m2  e São Francisco com 165 euros/m2.

Portugal tem vindo igualmente a registar um renovado dinamismo

Em Portugal, o sector de industrial & logística tem vindo igualmente a registar um renovado dinamismo, com o aumento do comércio online a contribuir para uma maior procura de espaços adaptados a este tipo de operação. Em termos de ocupação, durante o ano passado foram transaccionados 335.300 m², mais do que duplicando o volume registado em 2019; mantendo-se esta tendência crescente durante 2021, cujo primeiro trimestre atingiu uma absorção de 102.200 m², um crescimento homólogo perto dos 50%.

“Face à maior procura latente, associada a uma escassez de oferta de qualidade, verifica-se também um aumento da reabilitação de imóveis existentes, por forma a dar resposta aos critérios de ocupação actuais, assim como o desenvolvimento de novos projectos, com destaque para a promoção especulativa. Consequentemente, antecipa-se que se venha a reverter a tendência histórica de ocupação própria, dando resposta à actual procura elevada por parte dos investidores imobiliários”, comenta Andreia Almeida.

Neste contexto, as rendas de mercado prime para espaços de logística, actualmente nos 48 euros/m²/ano em Lisboa e 46 euros/m² no Porto, e respectivamente na 174ª e 184ª posição do ranking global, poderão observar um aumento gradual ao longo nos próximos anos.