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Internacional

 

Europa: Centros Financeiros secundários atraem investidores

5 de novembro de 2019

As cidades localizadas em zonas secundárias na Europa, incluindo Praga (+124%), Varsóvia (+119%), Estocolmo (+46%), Berlim (+37%), Dublin (26%), Atenas (53%) e Milão (+16%), assistiram a um acréscimo de investimento no primeiro semestre de 2019. A afirmação consta no mais recentes relatório elaborado pela consultora Savills

 

Escritórios

O relatório indica que embora as yields prime dos escritórios tenham estabilizado em 58% dos mercados, estas mantém-se nos 4% ou menos, à excepção de Lisboa (4,25%), Varsóvia (4,5%), Manchester (4,75%), Atenas (6,25%) e Bucareste (7,15%). Neste sentido, verifica-se uma manutenção do interesse dos investidores sendo expectável o desejo de maiores retornos.

 

Centros comerciais

Relativamente a outros sectores, Atenas, Varsóvia, Lisboa e Bucareste são os únicos mercados onde a rentabilidade dos centros comerciais foram afectados em cerca de 25 pontos base (p.b.) nos últimos 12 meses, resultando num incremento do valor dos activos. Noutras localizações, a rentabilidade dos centros comerciais mantiveram-se estáveis em cerca de 10-25 p.b. Londres e Paris viram a rentabilidade subir em cerca de 50 pb. e 75 p.b., respectivamente, sendo que o e-commerce continua a perturbar o sector.

 

Logística

A Savills revela também que as rentabilidades logísticas estão rapidamente a comprimir os mercados europeus, numa média de -47 p.b. em comparação com este trimestre do ano transacto, à medida que a procura de armazéns estrategicamente localizados cresce.

”A qualidade de vida que Portugal proporciona e que tão eloquentemente tem vindo a ser comunicada nos media, potencia a sua capacidade de reter talento” comenta Nuno Esteves, Senior Analyst do Departamento de Investimento da Savills Portugal. Que acrescenta: “Desta forma, há uma forte procura residencial de pessoas provenientes do estrangeiro, bem como de empresas que também acompanham a tendência alavancada pelas condições socioeconómicas do país. Os investidores identificam claramente esta dinâmica e mantêm o seu apetite por activos desta natureza. Há margem de crescimento quer nas rendas, quer no take-up líquido e bruto, solidificando a posição portuguesa no mercado de escritórios num contexto europeu. A limitação de activos disponíveis para operações de investimento em todos os sectores aliada à elevada liquidez, cria um paradoxo que se traduz numa grande vontade para investir e poucas opções disponíveis em zonas mais consolidadas, abrindo oportunidades em sectores ou localizações alternativas”.

Eri Mitsostergiou, Director do Departamento de European Research da Savills, refere, por seu lado, que “No contexto do decréscimo do volume de investimento por toda a Europa, observamos um número de novas cidades a superar os tradicionais hotspots em todos os mercados. Com algumas cidades ainda acima dos 4% da marca de rentabilidade para escritórios, irá ser interessante observar quão rapidamente essas localizações vão ao encontro de zonas onde a rentabilidade é menor que 4%.

Por outro lado, será fascinante observar como os sectores de retalho e logística irão actuar perante o aumento da procura, devido à subida exponencial do e-commerce que reflete uma maior procura por espaços de armazém.”