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Centros comerciais da Grande Lisboa abrem na próxima segunda-feira

9 de junho de 2020

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas e o Primeiro Ministro, António Costa, revelaram hoje que estão “criadas as condições” para reabrir os centros comerciais da zona de Lisboa.

A directora-geral da Saúde disse hoje estarem “criadas as condições” para reabrir os centros comerciais da zona de Lisboa, apesar do aumento do número de doentes covid-19, pois “a grande maioria dos casos positivos estarão identificados”.

"Decidimos eliminar, a partir da próxima segunda-feira, as restrições que ainda existem diferenciadas relativamente ao conjunto do país, designadamente permitir a abertura dos centros comerciais de acordo com as regras definidas pela Direcção-Geral da Saúde", afirmou António Costa, depois da reunião de hoje do Conselho de Ministros (CM).

Na conferência de imprensa diária sobre a pandemia, Graça Freitas destacou o trabalho “local” que tem sido feito com as pessoas infectadas na zona da Grande Lisboa e Vale do Tejo e notou que os centros comerciais vão abrir “com regras muito estritas”.

“Há circuitos muito bem delimitados, se houver civismo e respeito para não haver ajuntamentos, não me parece que exista um risco muito grande de propagação [da doença]”, afirmou a responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS), no dia em que Portugal registou mais 421 casos confirmados de infecção, 386 dos quais na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Pouco antes da conferência de imprensa da DGS, o primeiro-ministro anunciou que a Área Metropolitana de Lisboa deixa de ter restrições ao desconfinamento a partir de segunda-feira, podendo abrir os centros comerciais e as Lojas do Cidadão.

Graça Freitas disse estarem “criadas as condições” para tal.

“A maioria dos casos estarão identificados e as autoridades saúde, as autarquias, a segurança social e as forças de segurança têm trabalhado com estas pessoas no sentido de as fazer entender o risco que têm de propagação da doença”, descreveu.

De acordo com a responsável da DGS, “tem havido um grande diálogo para que quem está doente se abstenha de sair de casa”.

“Cremos que este movimento local resultará num maior confinamento de pessoas infectadas”, afirmou.

Graça Freitas destacou ainda o facto de os grandes centros comerciais terem “circuitos muito bem organizados” e “regras estritas na circulação de pessoas”, apelando ao civismo dos utilizadores e à supervisão dos responsáveis.

Há cerca de duas semanas, o Governo decidiu adiar na Área Metropolitana de Lisboa o levantamento de algumas restrições previstas na terceira fase de desconfinamento, impondo regras especiais sobretudo relacionadas com actividades com "grandes aglomerações de pessoas".

A manutenção do fecho dos centros comerciais e das Lojas do Cidadão, a limitação dos ajuntamentos a 10 pessoas (a nível nacional o limite é de 20) e o reforço da vigilância epidemiológica estavam entre as medidas tomadas.

A terceira fase do plano de desconfinamento no continente português devido à pandemia de covid-19 arrancou em 1 de Junho com o fim do "dever cívico de recolhimento" e a reabertura de centros comerciais, salas de espectáculos, cinemas, ginásios, piscinas e Lojas do Cidadão.

Para a Área Metropolitana de Lisboa foram anunciados ainda planos de realojamento de emergência para permitir "a separação de pessoas que estejam infectadas" e a continuação do fecho de áreas de consumo de comidas e bebidas ('food-courts') dos centros comerciais.

Nesta zona, a realização de feiras e a continuação da suspensão de lojas com mais de 400 metros quadrados estão dependentes de avaliação municipal e os veículos privados de transporte de passageiros têm lotação máxima de dois terços dos passageiros e uso obrigatório de máscara.

A área metropolitana integra os municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

LUSA/DI