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226 anos depois é inaugurada a Ala Poente do Palácio da Ajuda num investimento de 31 milhões

7 de junho de 2021

Foi hoje inaugurada a Ala Poente do Palácio da Ajuda, em Lisboa, cujo investimento foi de 31 milhões de euros e que vai receber o Museu do Tesouro Real. 

Presentes na cerimónia de inauguração, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, a nova ala vai acolher o futuro Museu do Tesouro Real cuja abertura ao público está agendada para o próximo mês de Novembro.

O projecto arquitectónico é da Direcção Geral do Património Cultural com coordenação do arquitecto João Carlos Santos que utilizou um sistema de segurança ao mais alto nível. O núcleo central do edifício, que se apresenta com uma estrutura em vidro atravessada por lâminas verticais, apresenta uma caixa-forte com 40 metros de comprimento, dez de altura e dez de largura, três pisos e duas portas em aço, com cinco toneladas e 40 cm de espessura cada. Será neste espaço que irão estar as jóias e tesouros reais em exposição permanente de um acervo de valor histórico, artísticos e culturais em colecções de ourivesaria e jóias da antiga Casa Real e cujo o restauro das peças está a cargo dos técnicos do Laboratório José Figueiredo.

A responsabilidade da museologia e comunicação gráfica é da Providência Design. Já a gestão e implementação da obra está a cargo da Associação Turismo de Lisboa, por incumbência da Câmara Municipal de Lisboa.

O investimento nesta nova ala que inclui ainda a requalificação do espaço público na Calçada da  Ajuda, foi maioritariamente viabilizado pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa. 

O Palácio da Ajuda sucedeu à “Real Barraca”…

O Palácio Nacional da Ajuda, ou Paço de Nossa Senhora da Ajuda,  foi residência oficial da família real portuguesa  a partir do reinado de D. Luís I (1861-1889) até ao final da Monarquia e a implantação da República.

Em 1910, instaurada a República e exilada a família real, o palácio foi encerrado. Conserva ainda hoje a disposição e decoração dos aposentos tipicamente oitocentistas. O palácio foi aberto ao público em 1968 como museu.

Implantado no local onde a família real portuguesa construiu a "Real Barraca" após o terramoto de 1755 — um enorme edifício em madeira que viria a ser destruído por um incêndio — o Palácio da Ajuda começou a ser construído em 1795 segundo um projecto de Manuel Caetano de Sousa. Depois o plano sofreria uma evolução significativa, com a introdução da estética neoclássica e as novas formulações dos arquitectos Francisco Xavier Fabri e José da Costa e Silva.

Com a instalação da definitiva da família real no reinado de D. Luís I, o palácio sofreu algumas evoluções estéticas, de intimidade e conforto mais condizentes com os gostos burgueses da época, de que foi responsável Joaquim Possidónio Narciso da Silva.

Situado no alto da colina da Ajuda, com vista deslumbrante sobre o rio Tejo, o Palácio integra importantes colecções de artes decorativas dos séculos XVIII e XIX: ourivesaria, tapeçaria, mobiliário, vidro e cerâmica, bem como coleções de pintura, gravura, escultura e fotografia.

O seu interior é magnífico, com várias salas impressionantes, como a Sala do Trono, a Sala dos Grandes Jantares ou a Sala do Despacho.

Dois pisos do palácio são visitáveis, e formam um grande museu de artes decorativas do século XV ao século XX. “Tem uma notável e variada colecção de relógios, e um serviço de jantar que é um dos poucos serviços reais da Europa que permaneceram intactos”. 

Algumas características da Ala Poente:

- Caixa Forte: 40m de comprimento, 10 metro de largura e 10 metros de altura

- Estrutura metálica do edifício - 300 toneladas

- Estrutura metálica na Caixa Forte: 100 toneladas

- Aço em elementos estruturais: 100 toneladas

- Condutas de climatização: 7 mil m2

- Pinturas de paredes e tectos: 22.200 m2

- Pedra Lioz em reconstrução de fachadas: 200 toneladas

Futuro Museu do Tesouro Real

A exposição permanente foi pensada em 11 núcleos.

O primeiro núcleo é denominado - Ouro e diamantes do Brasil. O segundo núcleo - Moedas e medalhas da coroa. O terceiro núcleo - Jóias. O quarto núcleo - Ordens Honoríficas. O quinto núcleo - Insígnias Régias: Objectos Rituais da Monarquia. O sexto núcleo: Prata de Aparato da Coroa. O sétimo núcleo: Colecções particulares do rei D. Fernando II e do seu filho, D.Luís I. O oitavo núcleo: Ofertas diplomáticas. O nono núcleo: Capela Real. O 10º núcleo: Baixela Germain e o 11º núcleo: Viagens do Tesouro Real,