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Luís Rodrigues, CEO da TAP

Temos de trabalhar como se não existisse privatização - Luís Rodrigues, CEO TAP

2 de dezembro de 2023

O CEO da TAP, Luís Rodrigues, avançou hoje durante o Congresso da APAVT - Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo, que a privatização da companhia é necessária mas o trabalho a realizar não pode esperar por essa decisão.

O responsável adiantou  que é 'fundamental continuara trabalhar como se não existisse privatização, porque não podemos parar por esse motivo'. Afirmou igualmente que uma companhia aérea não pode ser gerida apenas por um accionista, sobretudo sendo o Estado, 'não é viável quando existem depois imensas restrições ao funcionamento da companhia, como por exemplo realizar despesa acima dos cinco milhões de euros temos de ter autorização do Tribunal de Contas, esse é o valor quase diário para comprar combustível. Até para contratar pessoal temos de ter autorização do Tribunal de Contas'. Não sendo privatizada, admite que deveriam existir excepções à regra para agilizar o funcionamento da companhia.

Luís Rodrigues salientou ainda que a questão do novo aeroporto de Lisboa não é impeditivo de continuar o trabalho necessário ao crescimento da companhia, até porque não sendo um projecto para o imediato, o que tem de ser feito é continuar a trabalhar para melhorar o funcionamento da TAP e para isso conta-se com isso com os melhoramentos ao actual aeroporto Humberto Delgado. Acrescentou que não é por esse facto, que o interesse dos investidores estrangeiros não se mantém, pelo contrário, o interesse continua.

No entanto, sobre esta questão o CEO da TAP garante que se existisse uma certeza num plano para as infraestruturas aeroportuárias portuguesas o valor da venda da companhia subiria, não existindo, o valor naturalmente será mais baixo.

Mesmo perante as condicionantes que a companhia de aviação portuguesa atravessa, Luís Rodrigues acredita que o crescimento acontece com o aumento do número de aeronaves, nomeadamente da frota, o que para já não poderá acontecer devido ao condicionamento ao crescimento até ao final de 2025, devido ao plano de reestruturação negociado com Bruxelas.

O responsável falou durante o 48º Congresso da APAVT - Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo, que terminou hoje no Porto, subordinado ao tema 'Inteligência Artificial: A revolução do século XXI'.