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Habitação by century 21

 

Tudo sobe no mercado imobliário: Preços, ofertas e stock

7 de abril de 2021

No 1º trimestre, o preço médio de venda de imóveis cresceu 17,4%, face ao mesmo período do ano passado, enquanto o stock disponível para venda aumentou 87,8% e a oferta de casas para arrendar registou uma subida de 20,3%.

De acordo com o relatório de análise do mercado imobiliário relativo ao primeiro trimestre de 2021 da Casafari principal plataforma de tecnologia de dados imobiliários da Europa, nos primeiros três meses do ano, apesar da situação de pandemia, os preços do imobiliário no segmento residencial continuaram resilientes em Portugal, com os preços de venda a apresentarem um crescimento gradual. Como já referido o preço médio de venda de imóveis cresceu e o stock disponível para venda aumentou. No entanto, e face à actual crise que o setor do turismo atravessa, a oferta de casas para arrendar mais do que duplicou até Março deste ano, quando comparado com igual período do ano passado, atingindo uma subida de 101,1%, embora o preço médio das rendas tenha recuado 9,4%.

No segmento não residencial, os dados da Casafari apontam para efeitos mais acentuados devido às novas tendências impulsionadas pela pandemia, como o teletrabalho, com os preços dos escritórios a recuarem e, em sentido inverso, com a oferta disponível para arrendamento a registar aumentos de até 34,5%.

Esta análise revela assim dados relevantes sobre o sector imobiliário em Portugal, no que se refere ao mercado de compra e arrendamento de apartamentos no país, e o impacto da pandemia ao longo dos primeiros três meses deste ano.

O relatório indica ainda que todos os distritos, à excepção de Viseu, que registou uma quebra de 0,88%, assistiram a um aumento dos preços médios no período em análise. Destaca-se o distrito de Braga, a registar a maior subida, com um crescimento de 18,6%, e Aveiro, com uma subida de 15,2%. Lisboa continua a ser o distrito com o preço médio de venda mais elevado: 353 mil euros.

O stock de imóveis disponíveis para venda aumentou 87,8% em Portugal no primeiro trimestre de 2021, com Castelo Branco a ser o único distrito a registar uma quebra, enquanto que o número de imóveis disponíveis para venda em Lisboa mais do que duplicou ao disparar 166,6%.

No que toca ao arrendamento, o stock disponível em Portugal duplicou no primeiro trimestre de 2021 face ao período homólogo, e aumentou 20,3% face ao trimestre anterior, com todos os distritos a registarem aumentos do número de imóveis disponíveis para arrendar.

Devido à crise no turismo, as rendas diminuíram 9,4% em Portugal no primeiro trimestre de 2021, com o preço médio de arrendamento a situar-se nos 842 euros. Salientar que Beja foi o distrito com o maior aumento de rendas (40,4%) enquanto Lisboa viu o preço médio da renda recuar 15,5%.

Oferta de apartamentos para venda em Lisboa também subiu

No que diz respeito à venda de imóveis, em geral, registou-se um aumento da oferta disponível no distrito de Lisboa. As tipologias T2 e T3 foram as que apresentaram o maior crescimento da oferta disponível, seguindo-se da tipologia T1. Relativamente ao preço médio de venda, das três tipologias analisadas, a tipologia T1 destacou-se por ser a única a registar um aumento.

No arrendamento, verificou-se também um aumento generalizado da oferta disponível. A tipologia T3 foi a que apresentou o maior crescimento (44,9%), seguindo-se a tipologia T2 e, por último, da tipologia T1. Em relação ao preço médio de arrendamento, a tipologia T3 foi a única que apresentou um aumento das três tipologias analisadas.

Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras destacam-se como os mais caros da Grande Lisboa,  tanto a nível de preços médios de venda como em termos de preços médios de arrendamento.

Oferta disponível para venda no Porto registou um aumento generalizado

A norte, a oferta disponível para venda no Porto registou um aumento generalizado. A tipologia T1 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (13,9%), seguindo-se a tipologia T2 e a tipologia T3. Nas três tipologias analisadas, o preço médio de venda verificou um decréscimo, entre os 0 e os 3%.

Já no arrendamento, o Porto registou igualmente um aumento da oferta disponível. A tipologia T2 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (15,8%), seguindo-se a tipologia T1 e, posteriormente, a tipologia T2. Quanto ao preço médio de arrendamento, a tipologia T1, das tipologias analisadas, foi a única a registar um decréscimo, de 0,6%.

Porto, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Maia são os concelhos que apresentam preços médios de venda e de arrendamento mais elevados. 

A sul, no distrito de Faro, verificou-se um aumento da oferta disponível nos apartamentos para venda. A tipologia T3 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (17,5%), seguindo-se a tipologia T1 e a tipologia T2. Relativamente ao preço médio de venda, este variou entre os 0 e os 2% nas três tipologias analisadas.

A nível de arrendamento, registou-se um aumento da oferta disponível nas três tipologias analisadas. A tipologia T3 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (21,1%), seguindo-se a tipologia T2 e, por último, a tipologia T1. Em relação ao preço médio de arrendamento, a tipologia T2 foi a única que apresentou um decréscimo.

Oferta disponível nos escritórios para venda e para arrendar também aumentou

Em Lisboa verificou-se um aumento da oferta disponível nos escritórios para venda (13,6%) e para arrendar (18,6%). No entanto, os preços de venda registaram uma quebra de 1.7%. Já no Porto, registou-se um aumento da oferta disponível nos escritórios para venda (3,1%) e para arrendar (18,1%), contudo, os preços de venda registaram uma quebra de 0,3%. Por último, em Faro verificou-se um aumento da oferta disponível nos escritórios para venda (12%) e para arrendar (20,8%), enquanto os preços de venda registaram uma quebra de 11,2%.