CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Habitação by century 21

 

Preços das casas já desceram em 19 municípios

30 de novembro de 2020

Em Outubro, cerca de um quinto dos municípios portugueses (19,2%) já evidenciam sinais de uma certa descida (em termos homólogos) nos preços dos imóveis residenciais, devdido ao arrefecimento imobiliário resultante da pandemia do Covid-19, revela a consultora Imovendo.

A consultora indica ainda dois outros factores que podem explicar esta descida: Alguns dos municípios têm uma dimensão mais reduzida, o que contribui para uma maior volatilidade dos preços apurados; Por outro lado, parte dos municípios que, em Outubro, evidenciavam quebras dos preços face a Outubro de 2019, apresentavam reduções inferiores a 2,5%, pelo que estes dados não podem ser lidos de forma determinística, uma vez que se encontram dentro da margem de erro do estudo. 

Este cenário, não sendo sinónimo de maior dinamismo imobiliário, ou de forte recuperação do sector, não pode igualmente ser percepcionado como um eventual choque abrupto dos asking-proces residenciais, revela a imovendo na análise por regiões publicada em Novembro. 

Por outro lado, o dinamismo do lado da Oferta mantem-se estável em termos nacionais, pois verifica-se um fluxo constante e sustentável de novo produto imobiliário (tanto inserido directamente por particulares, como por empresas de mediação imobiliária e promotores), susceptível de ser observado no facto de 14,3% dos Apartamentos e 8,7% das Moradias estarem em divulgação há menos de 30 dias, dado de relevância acrescida, em particular, em contexto pandémico e com limitações à mobilidade. 

Colocando o enfoque de análise no distrito de Lisboa, constata-se que a capital apresenta os valores mais altos por m2 no país, sendo acompanhada por Cascais e Oeiras, sem que, todavia, sejam percepcionados quaisquer movimentos de inflexão desta realidade, ou de ajustamento em baixa significativa dos valores praticados. 

"O distrito de Lisboa apresenta uma heterogeneidade muito grande, pois reúne os três municípios mais caros do país, é certo, mas a par de áreas urbanas limítrofes com valores de referência substancialmente mais baixos, mas que, em alguns casos, e ao longo dos últimos anos, têm visto os seus valores de referência serem impactados por uma crescente procura de famílias que não conseguem adquirir casa na capital", destaca Manuel Braga, CEO da Imovendo. 

Apesar desta tendência de valorização dos activos residenciais, os dados de Outubro mostram que no distrito de Lisboa, a tendência de preços mantém uma valorização efetiva em termos homólogos (tanto em apartamentos, como moradias), com excepção da Lourinhã que, face a Outubro de 2019, sentiu um arrefecimento de 2,8% nos asking prices dos apartamentos.