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Habitação by century 21

 

Lisboa e Cascais foram os municípios onde as casas foram mais caras no final de 2020

28 de janeiro de 2021

Sem surpresas, os municípios de Lisboa e Cascais foram aqueles que apresentaram os valores mais altos na venda de casas no último trimestre de 2020. Mas é nos concelhos de Cascais e Loulé (Algarve) onde os imóveis anunciados para venda e arrendamento no idealista são mais caros.

De acordo com a análise do idealista sobre a oferta e procura de imóveis no mercado nacional, no último trimestre de 2020, em plena pandemia da Covid-19, no caso das pesquisas de imóveis, Alenquer (zona do Oeste) é o município mais procurado, tanto para comprar, como para arrendar casa. Os municípios que recebem mais contactos são, no entanto, Loures (zona norte da Grande Lisboa) no mercado de venda de casas, e Moita (margem sul do Tejo) no mercado de arrendamento. 

No top 10 do ranking de preços unitários ( euros/m2) no mercado de venda, destacam-se quatro municípios pertencentes ao distrito de Lisboa (Lisboa em 1º com 4.701euros/m2, Cascais em 2º com 3.550 euros/m2 e Oeiras em 4º com 2.945 euros/m2). O município de Grândola (distrito de Setúbal) ocupa o 3º lugar com 3.177 euros/m2 e o município do Porto ocupa o 5º lugar com 2.927 euros/m2. Os restantes cinco municípios pertencem ao distrito de Faro (com Loulé em 6º com 2.869 euros/m2, Lagos em 7º com 2.757 euros/m2, Vila do Bispo em 8º com 2.614 euros/m2, Lagoa (Algarve) em 9º com 2.560 euros/m2 e Albufeira em 10º com 2.370 euros/m2).

Analisando o preço total de venda (euros), Cascais lidera com as casas mais caras do país (764.222 euros). Seguem-se no ranking, Loulé (565.495 euros), Grândola (555.671 euros) e Lisboa (494.489). De referir que apenas três municípios do distrito de Lisboa encontram-se no top dez (Cascais (764.222 euros) em 1º, Lisboa (494.489 euros) em 4º e Oeiras (480.906 euros) em 6º). 

Em termos de preço unitário (euros/m2/mês) é de salientar que cinco municípios do distrito de Lisboa ocuparem o top dez no mercado de arrendamento nacional, sendo o pódio ocupado pelos municipios de Lisboa (14,0 euros/m2/mês), Cascais (13,3 euros/m2/mês) e Oeiras (11,1 eurps/m2/mês), por esta ordem. O concelho do Porto ocupa o 4º lugar (10,8 euros/m2/mês) e outro da Ilha da Madeira, a Calheta, figura no 9º lugar do ranking com 10 euros/m2/mês. 

Os municípios de Cascais e de Loulé destacam-se no top dez da lista relativa ao preço total (euros), quer na venda (com 764.222 e 565.495 respectivamente), quer no preço total por arrendamento (euros/mês) (1.671 euros/mês e 1.481 euros/mês respectivamente). Destaca-se o facto de nenhum dos municípios do distrito do Porto estar no ranking de preço total quer para venda quer para arrendamento. 

E onde há maior procura de casas? 

No mercado de venda, a lista de procura é liderada por Alenquer com 4,1 pontos. Ponte de Lima (3,7), Santo Tirso (3,6) e Loures (3,5), completam o top quatro. Relativamente ao mercado de arrendamento, o município de Alenquer mantém-se em 1º lugar do ranking com 28,1 pontos, seguido de Grândola (22,7) e Barcelos (18,1). 

As casas anunciadas no idealista que receberam mais contactos no período em causa, relativamente ao mercado de venda foram  sobretudo em Loures (2,9 pontos). Vila Franca de Xira e Sintra (ambos com 2,8 pontos), que completam o top quatro. No mercado de arrendamento os municipios que receberam mais contactos foram a Moita (29,6 pontos), Barreiro (27,1 pontos), Amadora (21,2 pontos) e Vila Franca de Xira (21,1 pontos). "Isto demonstra que muitas pessoas estão a procurar casa nos arredores da capital, seja para comprar ou arrendar", tal como destaca a equipa do idealista/data.

Pese embora se verifique que o município mais pesquisado seja Alenquer, quer no mercado de venda quer no  arrendamento, constata-se que não corresponde directamente a que seja o município mais contactado. Analisando os dados, observa-se que o inverso também acontece. O município mais contactado para compra (Loures) encontra-se em 4º lugar do ranking das pesquisas. "De notar que os municípios de Lisboa e do Porto não se encontram no ranking dos mais pesquisados, quer no mercado de venda quer no mercado de arrendamento", concluem os especialistas na análise de dados.