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Habitação by century 21

 

 

 

 

 

Casas voltam a ser vendidas em planta

12 de janeiro de 2018

Se 2017 foi marcado pela reabilitação urbana também podemos afirmar que foi o ano em que voltaram a ser notícia os grandes projectos residenciais de construção nova. Em Lisboa, destaque para o Jardins de Braço de Prata, que agora se designa Prata Living Concept e que durante 12 anos esteve “encalhado” nas burocracias e nos meandros aprovatórios da Câmara Municipal de Lisboa.

Neste momento, o empreendimento é promovido pelo fundo fechado Lisfundo, gerido pela Norfin, e é apoiado financeiramente pela CGD e o Novo Banco. Segue-se às portas da capital a nova fase do Belas Clube de Campo. O grupo André Jordan anunciou o investimento de 100 milhões de euros na construção das primeiras 200 unidades do projecto Lisbon Green Valley.

Contudo, outros mais pequenos também estão em fase de construção. O empreendimento Quinta do Paço Lumiar surge integrado num espaço de 14.557 m2 com origem no século XVIII, promovido pelo Grupo do Porto RAR e com assinatura do arquitecto Souto de Moura. Também destacamos o empreendimento SottoMayor Residências, um dos maiores em construção no centro de Lisboa, são 97 apartamentos de luxo na Avenida Duque de Loulé distribuídos por quatro edifícios que datam do início do século XX, com traça caraterística da época.

Outro grande projecto que iniciou recentemente as primeiras obras foi o SkyCity, localizado na designada Serra de Carnaxide e promovido pelo Grupo JPS. O empreendimento conta com 49 moradias isoladas, 66 em banda e 255 apartamentos de tipologias entre o T2 e o T5 e áreas que podem chegar aos 400 m2.

 

A venda em planta

Trata-se de um dos empreendimentos que surpreenderam em 2017, sobretudo quando os players do mercado começam a afirmar que faltam projectos de construção nova. João Sousa, CEO do Grupo JPS, revela que o SkyCity volta a trazer uma tendência muito comum no final dos anos 90, inícios de 2000: A venda em planta.

“Numa altura em que se assiste a uma forte tendência para a reabilitação urbana no centro da cidade e com valores pouco acessíveis às famílias portuguesas, o SkyCity é um produto que reúne características muito especiais. Não só dá a oportunidade a estas famílias de conseguirem ter uma moradia ou um apartamento com excelentes acabamentos e com uma envolvência que permite uma boa qualidade de vida, a cinco minutos de Lisboa, como oferece a possibilidade da personalização. E, tais factores, fazem com que o SkyCity se posicione fortemente num mercado que, actualmente, vive muito da reabilitação”, esclarece.

Com o mercado cada vez mais competitivo, o responsável admite que as empresas têm de ser inovadoras e estar ao lado do cliente, conseguindo projectos com que os quais se identificam, apostem e sintam que será uma mais-valia para o mercado. “E, por isso mesmo é que a estratégia da JPS Group passa pelas famílias portuguesas e não somente pelos investidores. Os clientes nacionais precisam de produtos de qualidade, mas a preço proporcional ao custo de vida actual. E, um dos grandes objectivos da JPS Group é diferenciarmo-nos no mercado imobiliário actual, dando resposta às necessidades das famílias portuguesas”, refere.

Para 2018, João Sousa acredita que o mercado imobiliário irá, certamente, continuar a crescer. Após a crise, verificou-se um ‘boom’ no centro de Lisboa, que tem vindo a alargar-se ao resto do país. “Os valores por m2 dispararam, é verdade. Mas este crescimento trouxe à cidade uma nova vida. A falta de habitação levou à reabilitação de edifícios praticamente abandonados.

Actualmente, a cidade continua a ser ‘reconstruída’ e ainda há muito para fazer. Portanto, a menos que uma catástrofe, seja de que origem, afecte o nosso país, continuamos muito otimistas com o mercado imobiliário, que irá, muito provavelmente continuar a crescer em 2018. A procura continua superior à oferta, aliada às baixas taxas de juros e à falta de produto, sobretudo para o mercado nacional”, salienta.

Actualmente, João Sousa garante que grande parte das aquisições imobiliárias em Lisboa são realizadas sem recurso a instituições financeiras, seja por parte de investidores estrangeiros, seja por parte de investidores nacionais. “Tal proporciona estabilidade ao mercado e diminui o risco de bolha imobiliária. Desta forma, a minha perspectiva é, sem dúvida, favorável e acredito que 2018 vai ser um ano marcado por um grande desenvolvimento imobiliário, melhor que 2017”, conclui.

Autora: Fernanda Pedro

 

*Artigo publicado no Jornal Económico no âmbito da parceria com o Diário Imobiliário