Alfama continua a registar forte procura por habitações reabilitadas
O bairro histórico de Alfama foi dos primeiros a ser alvo das medidas que criaram as zonas de contenção para a instalação de estabelecimentos de alojamento local (desde Novembro de 2019), mas essas restrições não têm afastado nem os promotores imobiliários nem os compradores. A actividade de promoção imobiliária continua em alta, sobretudo na reabilitação de edifícios do segmento residencial, e a procura de imóveis para habitação própria ou para investimento mantém-se forte.
É o que constata a consultora internacional Athena Advisers, que além do recente lançamento São João da Praça junto à Sé de Lisboa, está a finalizar a comercialização de dois projectos novos – Escolas Gerais e Trigo – estando ainda a preparar o arranque das vendas de outros empreendimentos que serão disponibilizados no mercado em breve.
Marta Salgado, consultora na Athena Advisers em Portugal, defende que “a procura em Alfama continua muito activa quer por parte de compradores que pretendem habitação própria quer por parte de investidores que querem colocar os imóveis no mercado de arrendamento de longa duração”.
“Por se tratar de um bairro tipicamente lisboeta, com muito carisma e onde as pessoas sentem que estão verdadeiramente em Lisboa, é também muito apetecível para quem procura uma segunda habitação, uma casa de arquitectura local e ambiente histórico para ficarem quando vêm à capital”, nota a consultora.
Projectos Escolas Gerais e Trigo
“Das cinco unidades que compõem o projecto Escolas Gerais, situado junto ao miradouro das Portas do Sol e que deverá estar pronto durante este mês de Junho, duas já foram vendidas. Dos 13 apartamentos do projecto Trigo, localizado perto da estação de Santa Apolónia e que deverá ficar concluído no final do próximo ano, restam apenas três” – adianta Marta Salgado .
Os apartamentos do projecto Escolas Gerais são de tipologia T2, com áreas de 100 m2, e contam com terraços e varandas virados a oeste ou a sul, com vista sobre a cidade, o miradouro das Portas do Sol ou ainda sobre o rio Tejo, a partir do terceiro andar. Totalmente reconstruído no interior, o edifício está equipado com elevador, ainda que todas as unidades (uma por piso) tenham entradas independentes a partir do exterior. O rés-do-chão acolhe um jardim comum.
O preço destes apartamentos variam entre 780.000 euros e 950.000 euros, apresentam a vantagem de serem ainda elegíveis para arrendamento de curta duração, uma vez que a licença foi emitida antes de serem implementadas as medidas de restrição.
O projecto Trigo surge da reabilitação de dois edifícios pombalinos. É constituído por apartamentos com tipologias entre o estúdio (com 61 m²) e o T3 (até 216 m²), ainda que as duas unidades disponíveis sejam ambas de tipologia T2, com 121 m², e preços de venda entre 710.000 euros e 730.000 euros. Os edifícios irão manter as fachadas originais, com azulejos e varandas metálicas ornamentadas, criando no interior apartamentos contemporâneos, espaçosos e com muita luz natural.
