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Projeto de Álvaro Siza e Carlos Castanheira na China vence Prémio Edifício do Ano Archdaily

18 de fevereiro de 2021

O Museu de Arte e Educação (MOAE - Humao Museum of Art and Education), de Ningbo, na costa leste da China, do arquitecto Álvaro Siza com Carlos Castanheira, venceu o prémio Edifício do Ano 2021, na categoria Arquitectura Cultural, anunciou hoje a plataforma.

O edifício de Álvaro Siza e Carlos Castanheira era finalista, na categoria de Arquitetura Cultural, com o Museu Audemars Piguet, em Le Brassus, na Suíça, o centro chinês de Arte de Qujiang, em Xi'an - Shanxi, o edifício Experimenta, em Heilbronn, na Alemanha, e com o MEETT - Centro de Congressos e Exposições de Toulouse.

A categoria Arquitectura Cultural é uma das 15 que compõem os prémios da plataforma internacional de arquitectura, e o projecto de Álvaro Siza e Carlos Castanheira foi o único de arquitectos portugueses entre os finalistas, nesta edição.

Os vencedores foram escolhidos por votação dos membros registados na plataforma.

O museu projectado pelos arquitectos portugueses, situado junto ao Lago Dongqian, tem cerca de seis mil metros quadrados e foi inaugurado no passado mês de Novembro.

Em vez de escadas, o edifício, com uma altura de 25 metros, tem uma rampa sem barreiras a ligar os cinco andares e é iluminado apenas por janelas situadas no rés-do-chão e no topo do museu.

O Museu de Arte e Educação de Ningbo é um projeto do grupo privado chinês Huamao Group. O presidente deste grupo, Xu Wanmao, convidou Álvaro Siza para a liderança da obra, depois de visitar o Museu de Serralves, que Prémio Pritzker desenhou, no Porto.

A primeira obra de Siza Vieia na China - um edifício de escritórios, desenhado também em parceria com o arquitecto Carlos Castanheira - foi inaugurado em agosto de 2014, no leste do país.

Na Ásia, a dupla portuguesa também assinou projetos em Taiwan e na Coreia do Sul.

Os prémios Edifício do Ano da Archdaily são atribuídos em categorias de comércio, cultura, desporto, educação, hotelaria, saúde e indústria, em arquitetura de interiores, arquitetura paisagística e de espaços públicos, em edifícios de escritórios, de habitação, em moradias, edifícios religiosos e em projetos de pequena escala/pequenas instalações. É ainda distinguida a melhor aplicação de materiais.

Os 75 finalistas - cinco em cada categoria -, para esta 12.ª edição, foram escolhidos por votação dos membros da ArchDaily, entre 26 de janeiro e 10 de fevereiro, a partir dos 4.500 projetos submetidos e publicados na plataforma, ao longo de 2020.

Os vencedores podem ser vistos em https://boty.archdaily.com/us/2021.

Em 2017, os prémios Archdaily distinguiram o Terminal de Cruzeiros do Porto, de Luís Pedro Silva, na categoria Arquitetura Pública, e a Casa Cabo de Vila, do ateliê de arquitetura Spaceworkers, em Bitarães, distrito do Porto, na área de Moradias (Houses).

Em 2018, na área de Arquitectura Industrial, foi premiado o projecto da Adega Herdade do Freixo, no Redondo, distrito de Évora, de Frederico Valsassina Arquitectos.

A ArchDaily - Plataforma, com base em Nova Iorque, foi criada em 2008, reúne profissionais das áreas da arquitectura, design, construção e meios de comunicação especializados, dos diferentes continentes.

LUSA/DI