Crowdfunding imobiliário prepara-se para lançar oportunidades "verdes"

A Housers, a plataforma de crowdfunding, prepara-se para lançar uma nova tipologia de activos que oferece a oportunidade de investir no mercado de energias renováveis com um valor mínimo de 50 euros.

A possibilidade de diversificar o portfólio dos investidores com diferentes activos levaram os fundadores da Housers a abrir a plataforma a uma nova área com retornos atractivos. João Távora, responsável pelos mercados internacionais da empresa espanhola, incluindo Portugal, explica que "investir em energias renováveis é investir num futuro sustentável e lucrativo, tal como mostra o crescimento do investimento neste sector, que deverá atingir os 2,6 trilhões de doláres no final de 2019, segundo um estudo da Bloomberg. Com esta nova tipologia, a Housers não só dá acesso aos investidores a uma tendência global de mercado, como contribui para uma economia verde, que reduz as emissões de carbono do sector de energia".

O responsável anuncia que muito em breve os investidores poderão investir na mesma plataforma em projectos imobiliários e em projectos de energias renováveis e sustentabilidade ambiental, relacionados com a energia solar, eficiência energética e energia limpa.

A plataforma irá proporcionar tal como nas oportunidades de imobiliário, projectos que consistirão na concessão de um empréstimo, em troca de pagamento de juros, a um promotor que pretende angariar capital de forma rápida e flexível. "O nosso modelo de negócios irá também permitir ajudar pequenas empresas de energia renovável a lançarem os seus projectos, sem as barreiras impostas por alguns modelos tradicionais de financiamento. O objectivo é reduzir a dificuldade que estas empresas possam  encontrar no acesso  a financiamento, num mercado relativamente dividido, mas com intervenientes tipicamente de grande dimensão", acrescenta João Távora.

Em Portugal, desde Outubro de 2017, a Housers já angariou mais de cinco milhões de euros provenientes de mais de 13.000 utilizadores portugueses. Globalmente, já ultrapassou também os 92 milhões de euros de investimento acumulado e, no total, os promotores já devolveram aos investidores um valor acumulado de 32 milhões de euros de capital e benefícios.