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Luanda: projecto para nova marginal e conquista de 400 ha ao mar

 

Luanda: projecto para nova marginal e conquista de 400 ha ao mar

 

Luanda: projecto para nova marginal e conquista de 400 ha ao mar

10 de abril de 2017

O gabinete holandês Royal HaskoningDHV foi escolhido pelas empresas responsáveis pela reabilitação da Marginal da Corimba, em Luanda, para elaborar um projecto que, até 2019, prevê conquistar ao mar uma área de 400 hectares para construção de uma autoestrada e marinas.

Segundo informação disponibilizada pelo Royal HaskoningDHV, a que a Lusa teve hoje acesso, este gabinete foi seleccionado pelo consórcio formado pelas empresas Urbeinveste Projectos Imobiliários, da empresária Isabel dos Santos, e Van Oord Dredging and Marine Contrators, para desenhar o projecto técnico de uma obra avaliada em mais de mil milhões de euros.

 

Litoral de 10 km a sul de Luanda

A nova área vai nascer num litoral de 10 quilómetros, a sul de Luanda, e servirá para a construção da autoestrada da Marginal da Corimba, além de um porto de pesca, marina e imobiliário.

"O objectivo principal deste projecto é melhorar a vida em Luanda, uma cidade que enfrenta enormes desafios de infraestruturas causados pelo seu rápido crescimento populacional. A nova autoestrada reduzirá o congestionamento do tráfego e o novo porto de pesca proporcionará uma base melhorada e segura para os pescadores locais, um comércio vital em Angola", explicou o director da Royal HaskoningDHV, Gertjan Schaap.

Aquele gabinete tem até Janeiro de 2018 para entregar o projecto detalhado da obra e a construção deverá estar finalizada em meados de 2019.

Em concreto, esta componente dos trabalhos, encomendados pelo Governo angolano, está avaliada em quase 410 milhões de euros, envolvendo a conquista ao mar daquela área, posteriormente a proteger com "vários revestimentos de rocha e quebra-mares", segundo informou anteriormente a empresa, também holandesa, Van Oord, responsável, dentro do consórcio, pelos trabalhos.

 

Revitalizar a área de Samba, Corimba e Futungo de Belas

Em causa está um contrato para a obra de dragagens, remoção de terra e protecção da costa da marginal da Corimba, adjudicado em 2016, por despacho presidencial, ao consórcio formado pela Urbeinveste e a Van Oord Dredging and Marine Contrators.

Uma informação anterior da Van Oord referia que o projecto Marginal da Corimba pretende "revitalizar a área de Samba, Corimba e Futungo de Belas "com o objectivo de melhorar a qualidade de vida da população", numa província com quase sete milhões de habitantes e onde o trânsito diário é caótico, sobretudo entre o centro e a periferia.

"Contribuirá para uma melhor acessibilidade da cidade de Luanda, bem como para ajudar a resolver os desafios da urbanização, de forma sustentável", assegura a empresa holandesa.

"O número crescente de habitantes e veículos exige a expansão da cidade de Luanda e soluções para aliviar os problemas de congestionamento atual", reconhece ainda a Van Oord.

O banco holandês Ing vai financiar com mais de 430 milhões de dólares (405 milhões de euros) o projecto público de reabilitação da Marginal da Corimba, em Luanda, segundo um despacho presidencial que autoriza o negócio.

A intervenção na Corimba envolve uma segunda empreitada, que consiste na construção propriamente dita de reabilitação e acessibilidades, a realizar em consórcio pelas empresas Landscape e China Road and Bridge Corporation Angola, por 690,1 milhões de dólares (656 milhões de euros).

Para retirar pressão ao transporte rodoviário em Luanda, o Governo angolano está a criar corredores específicos para autocarros, reforçando também a oferta de transporte público através de linhas de catamarãs até ao centro da capital.

Está também prevista a execução do Metro Ligeiro de Superfície da marginal da Corimba.