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Câmara de Lisboa quer reduzir prazos de licenciamento em matéria urbanística

23 de outubro de 2019

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa,  considerou que é “fundamental” assegurar uma “redução significativa” dos prazos de apreciação de licenciamento em matéria urbanística.

O autarca revelou na Assembleia Municipal de Lisboa (AML), no âmbito do debate anual sobre o estado da cidade, Medina que há “poucos anos Lisboa era uma cidade de referência nesta matéria”.

“Mas, fruto do crescimento entre 2013 e 2018 do valor das licenças aprovadas, de cerca de 100 milhões para mil milhões, que coincidiu com os períodos de forte restrição na admissão de pessoal, que levou à diminuição em um terço das equipas técnicas disponíveis, temos agora neste momento de fazer um esforço com enorme significado para voltarmos a reduzir significativamente os prazos de apreciação dos processos de licenciamento”, apontou o chefe do executivo municipal da capital.

“Já contratámos os recursos, eles já estão a trabalhar, começamos a ter resultados, mas temos de ir mais longe e assegurar que esses resultados vêm com a maior rapidez ao longo do ano de 2020”, reforçou Fernando Medina.

Para o autarca, a economia da cidade “não pode ver-se diminuída nas suas potencialidades” por não existir “um serviço público à altura daquilo que a economia e a cidade exigem neste momento”.

Na sua intervenção, Fernando Medina notou também que outra das prioridades do município é “aumentar significativamente áreas de escritórios ao dispor na cidade de Lisboa”, de modo a contrariar a saída de empresas da capital para municípios vizinhos.

O debate ficou essencialmente marcado por críticas da oposição em matérias relacionadas com habitação, urbanismo, educação e saúde, tendo também alguns deputados municipais criticado que a autarquia tenha de pagar mais 4,7 milhões de euros para a realização da próxima edição da cimeira tecnológica Web Summit em Lisboa, devido ao atraso da expansão da Feira Internacional de Lisboa.

Na sua intervenção, a deputada do PPM Aline Beuvink adaptou a canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, à saída do ex-vereador do Urbanismo Manuel Salgado da autarquia.

O momento levou Fernando Medina a manifestar o seu protesto e desagrado, tendo também a deputada municipal socialista Inês Drummond defendido que a AML “e os cidadãos merecem o respeito dos seus eleitos” e apelado à mesa para que "intervenções desta natureza sejam desencorajadas”.

LUSA/DI