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Câmara de Lisboa continua a trabalhar para adquirir a Vila Dias, no Beato

21 de fevereiro de 2020

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, afirmou que o município continua a trabalhar para adquirir a Vila Dias, no Beato, garantindo que “a solução está bastante mais perto do que longe”.

Fernando Medina (PS) falava na reunião descentralizada da autarquia, destinada a ouvir os munícipes das freguesias de Marvila e Beato.

Hugo Marques, da Associação de Moradores das Vilas Operárias do Beato, defendeu que “esta vila já devia ser municipal” e lamentou a morosidade do processo.

O morador denunciou a falta de condições da vila, realçando que “não existem esgotos” e que “chove em casa das pessoas como chove na rua”.

Apesar de o proprietário ter sido intimado a realizar as obras necessárias no edificado, Hugo Marques disse que estas não foram cumpridas.

Em resposta, o presidente da Câmara de Lisboa garantiu que “a Vila Dias vai ser um bairro municipal e os residentes vão ter finalmente estabilidade do ponto de vista da permanência nas suas casas”.

“A solução está bastante mais perto do que longe”, salientou Medina, acrescentando que a intenção da autarquia, depois de a situação estar resolvida, é criar em conjunto com os moradores um projecto de requalificação daquela antiga vila operária.

Além disso, o chefe do executivo municipal reiterou que os moradores “não vão ser expulsos”.

Em 21 de Dezembro de 2017, a câmara municipal aprovou a autorização para aquisição da Vila Dias, na freguesia do Beato, por 1,3 milhões de euros, por "exercício do direito legal de preferência, na condição de o município de Lisboa vir a obter procedência na acção judicial" que está a decorrer.

Na altura, a vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Paula Marques, afirmou à agência Lusa que o município não vai desistir de adquirir a Vila Dias, que pretende reabilitar, e pondera usar "todos os mecanismos" ao seu dispor.

A autarca lembrou que "no final do verão [2017] a câmara intentou uma acção junto do tribunal para poder exercer o direito de preferência" e adquirir a vila com mais de 100 anos.

LUSA/DI