


Barreiro: a classificação de imóveis da antiga CUF
A abertura do procedimento de classificação de um conjunto de imóveis ligados à actividade industrial e à obra social da antiga Companhia União Fabril (CUF), no Barreiro, foi hoje publicado em Diário da República.
A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) pretende classificar a Casa Museu Alfredo da Silva mais o antigo posto da GNR, o Museu Industrial e Centro de Documentação, o Bairro Operário de Santa Bárbara, o Mausoléu de Alfredo da Silva, edifícios da primeira geração Stinville, edifícios da antiga central a vapor, o Armazém de Descarga e Moagem de Pirite, o Silo de Sulfato de Amónio e o Silo de Enxofre.
O processo de classificação do património foi originado por um grupo de cidadãos, intitulado "Em defesa do Posto Médico da CUF", que avançou com o pedido de classificação de vários espaços históricos da antiga CUF para a DGPC, de modo a impedir também a demolição do edifício do antigo posto médico.
A DGPC vai avançar com a classificação de edifícios, mas deixa de fora o antigo posto de médico, explicando, num documento a que a Lusa teve acesso, que não está incluído por "o actual estado de degradação não o justificar".
A autarquia do Barreiro já anunciou que pretende incluir no processo de classificação as antigas chaminés, deixando em aberto a possibilidade de, na fase de consulta pública, poder ainda acrescentar alguns elementos.
A antiga CUF de Alfredo da Silva, cuja primeira unidade fabril se instalou no Barreiro em 1908, marcou a então vila e o seu crescimento aconteceu lado a lado com a fábrica, sendo, durante muitos anos, um dos mais importantes complexos industriais da Península Ibérica e o mais importante em Portugal.