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As Cooperativas estão de volta !

7 de dezembro de 2018

A conclusão dos dois últimos blocos da Urbanização do Vale Formoso de Cima, em Braço de Prata, Marvila – o maior projecto construído em Lisboa pelo movimento cooperativo – marca o regresso das Cooperativas ao mercado imobiliário

A urbanização, acordada com a Câmara Municipal de Lisboa nos anos noventa, na época em que Jorge Sampaio, ainda era seu presidente, conheceu váriasvicissitudesao longo de vários executivos camarários, mas acabou por ser quaseconcluídapor volta de 2010. Um Bairro novo, feito de raiz, bem urbanizado, com 677 fogos, lojas e uma localização invejada, com vista para o rio Tejo e a dois passos do Parque das Nações.Do projecto inicial ficaram por construir dois blocos, num total de 150 fogos, o que se deveu ao eclodir da crise económica que levou ao desaparecimento de muitas das 25 cooperativas envolvidas no projecto.

Passados oitoanos anos,um grupo de cooperativas que resistiu aos tempos da “Tróica”, empreendeu a conclusão dos dois blocos que faltavam. O primeiro, situado na zona norte da urbanização, junto à rotunda de intersecção da Avenida Marechal António Spínola e a Avenida Infante DomHenrique, está já em adiantado estado de construção, cuja adjudicação foi entregue à Montergo.

Com nove pisosacima do solo e um piso de cave, o blocodisponibiliza78fogoscom,maioritariamentetipologiasT2eT3mas também algumas unidades T4 e mesmo T5,todas com arrecadação e estacionamentoe uma loja no piso 0.

Para Manuel Tereso, líder da NHC (Social) – Cooperativa de Solidariedade e vice-presidente da FENACHE- Federação Nacional das Cooperativas de Habitação Económica, a maior dos cooperantes envolvidos na aquisição de apartamentos nestes dois blocos resistiram às dificuldades da criseetiveram paciência para ver o projecto concluído. Poucos foram os que desistiram, mas também essas vagas vieram a ser preenchidas por outras famílias interessadas. A maior dificuldade – adianta aquele dirigente – é que as condições de financiamento bancário à construção e à aquisição endureceram, o que leva a que um cooperante tenha que invariavelmente que aforrar 30 ou 40 % do valor de aquisição como entrada.

De acordo com o protocolo celebrado entre o Município de Lisboa e a FENACHE,aconstrução de fogos a custos controlados,como é o caso, implica como contrapartida para as cooperativas promotorasa entregaà autarquiade 10% da área bruta total de construção habitacional, 15% da área bruta total de construção para uso terciário e a 10% de áreas brutas de construção para arrecadações e estacionamento privado.

O último bloco da urbanização de Vale Formoso de Cima será construído logo após a conclusão deste e situa-se mesmo junto à entrada da estação de caminho-de-ferro de Braço de Prata, com uma vista soberba para o rio Tejo e o futuro Parque Ribeirinho do Oriente.