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Preços das casas: Periferias de Lisboa têm a maior subida do país

7 de janeiro de 2020

Os mercados periféricos de Lisboa são os que mais estão a valorizar em todo o país, concentrando 15 dos 21 concelhos nacionais onde a subida homóloga dos preços das casas no 3º trimestre de 2019 é superior a 15%.

De acordo com o Índice de Preços Residenciais (IPR) para o 3º trimestre de 2019, divulgado hoje pela Confidencial Imobiliário, Montijo, Barreiro e Alcochete, na margem Sul do Tejo, e Mafra, a norte de Lisboa, são os quatro mercados com o maior crescimento homólogo dos preços em Portugal no 3º trimestre de 2019, todos com variações no patamar de 25%. Tal valorização mais que duplica os 9,7% registados em Lisboa, que desde início de 2018 tem vindo a desacelerar, estabilizando agora no patamar de 9%.

Com fortes subidas de preços estão agora também os mercados metropolitanos de Almada, Sesimbra, Amadora, Moita, Seixal, Sintra e Setúbal, por esta ordem com variações homólogas de 24,9% a 20,0%. Com uma subida acima dos 15% incluem-se ainda Oeiras, Odivelas, Vila Franca de Xira e Palmela, mercados onde a valorização homóloga no trimestre se situou entre os 17,7% e os 15,9%. Na Área Metropolitana de Lisboa, apenas a capital, Cascais e Loures apresentam subidas de preços abaixo desse patamar, este último mercado sendo o único que não supera o ritmo de Lisboa, com uma variação de 6,7%. Em Cascais a subida ficou em 11,1%.

De referir ainda que os restantes seis concelhos nacionais em que a valorização está acima dos 15% se localizam na Área Metropolitana do Porto. A cidade Invicta mantém uma forte subida de 23,8%, mas apresenta já uma desaceleração de mais de 9 pontos percentuais face aos 32,9% a que os preços cresciam no final de 2018. Matosinhos, com uma variação de 25%, é agora o concelho da região do Porto com maior subida de preços, mas destacam-se também Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Espinho, todos com variações entre 21,9% e 18,7%, além de Valongo, onde a subida ficou em 15,3%. Nos restantes mercados metropolitanos monitorizados pelo IPR, Gondomar registou uma subida dos preços de 14,3%, seguido de Gaia (11,4%) e Maia (10,6%).

Em termos nacionais, a maioria dos concelhos (104, i.e. 37%) apresenta neste trimestre uma subida de preços inferior aos 5%, embora cerca de outro terço (77, i.e. 28%) registe subidas entre os 5% e os 10%. Um ano antes, no 3º trimestre de 2018, a maioria dos mercados (139, ie. 50%) valorizava entre os 5% e os 10%, sendo o grupo de marcados com valorizações inferiores aos 5% circunscrito a 43 concelhos, ou seja 15% do total. Nas valorizações acima dos 10%, os 61 concelhos apurados para o 3º trimestre de 2019 comparam com os 90 do mesmo período de 2018 (quotas de 22% vs 32%).