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Algarve não ficou imune à crise

 

Algarve não ficou imune à crise

13 de fevereiro de 2015

Também a região do Algarve sofreu nos últimos tempos com a crise do imobiliário. Até 2011 ainda se verificou um aumento na construção nova e nas transacções, contudo a partir desse ano e em 2012, tal como aconteceu no resto do país, o mercado imobiliário algarvio também se ressentiu e o decréscimo nas vendas foi significativo. Até as casas perderam valor nos últimos anos.

De acordo com o último catálogo de Estudos de Mercado (III Trimestre de 2013), do Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no Algarve, em 2011 o número de alojamentos era de aproximadamente 377,6 mil. Neste último decénio o número de alojamentos familiares cresceu cerca de 36,8%, bastante superior à média nacional (16,7%) traduzindo-se em 101.526 novos alojamentos.

Nesta região até 2011, do total de alojamentos, 178,5 (47,3%) mil destinavam-se a residência habitual, 149 mil (39,5%) a alojamentos sazonais e 49,9 mil (13,3%) encontravam-se vagos. No período decorrente entre 2001 a 2011, os alojamentos de residência habitual registaram um crescimento de 24%, de secundária cerca de 40% e os vagos registaram um valor a rondar os 93%.

Chegado ao ano de 2011 o número de imóveis transaccionados na região algarvia foi de 10.664, dos quais cerca de 85% eram prédios urbanos. À semelhança do território nacional registou-se um decréscimo do número de transacções efectuadas, e uma quebra do montante transaccionado. De facto, no ano de 2011, foram transaccionados cerca de 9.033 imóveis urbanos por um valor médio a rondar os 134 mil euros, registando respectivamente um decréscimo de 22% e 9,7%.

Relativamente ao arrendamento em 2011, no Algarve, destacaram-se os municípios de Faro (27%), Albufeira (23%), Portimão (22%), e Loulé (22%).

Decréscimo de 35% em construção nova em 2012

Durante o ano de 2012, de acordo com o INE, estima-se que tenham sido licenciadas para o segmento residencial cerca de 11,2 mil novos fogos, representando um decréscimo de 35%, face ao período homólogo.

No Algarve os fogos residenciais licenciados ascenderam em 2012 a cerca de 519, registando uma contracção de 53%, face ao período homólogo. Um decréscimo visível em todos os concelhos e municípios algarvios.

Os valores de avaliação bancária, acompanhando a crescente restritividade bancária têm vindo a registar um comportamento tendencialmente decrescente, no Algarve, com excepção dos últimos meses de 2013, em que o valor médio praticado se elevou ligeiramente. Entre Setembro de 2008 e Junho de 2013, o valor médio de avaliação bancário passou de 1.514 para 1.256 euros.