
Projecto para a Margueira vai ser apresentado na próxima semana
O projecto de requalificação da antiga área industrial da Margueira, - onde se instalava o estaleiro naval Lisnave -, em Almada, conhecido como “Cidade da Água”, vai ser apresentado na terça-feira, estando previsto o lançamento do concurso público internacional ainda no primeiro semestre deste ano.
A Baía do Tejo é uma empresa pública que tem a responsabilidade de requalificar os territórios das antigas áreas industriais da Quimiparque, no Barreiro, da Siderurgia, no Seixal, e da Margueira, em Almada, em conjunto com as autarquias, projeto conhecido como Arco Ribeirinho Sul ou 'Lisbon South Bay', nome utilizado na promoção internacional, e publicou a intenção de alienação dos terrenos no jornal britânico Financial Times.
“A Baía do Tejo, S.A. tem a intenção de proceder durante o primeiro semestre de 2019 ao lançamento do concurso para alienação de terrenos situados na antiga área industrial da Margueira, na margem sul do rio Tejo, e entrega para exploração, em regime de concessão, de duas áreas de domínio público hídrico, no mesmo território, destinadas à implantação de uma marina de recreio e de um terminal fluvial de passageiros”, refere o documento publicado.
Segundo a Baía do Tejo, os terrenos a alienar, localizados no distrito de Setúbal, encontram-se abrangidos pelo Plano de Urbanização de Almada Nascente e contemplam uma área prevista de construção de 630.246 metros quadrados destinada a diversos usos, nos quais se incluem áreas para habitação, comércio e serviços, espaços culturais e edificações de usos fluviais.
A “Cidade da Água”, além do parque habitacional, tem igualmente prevista a instalação de um hotel, um museu e de um centro de congressos, ligados entre si por praças e canais, dando origem a um conjunto de espaços públicos novos.
O projecto, que tem dois quilómetros de frente ribeirinha, contempla também uma marina e um novo terminal fluvial intermodal.
A Baía do Tejo vai realizar na terça-feira uma sessão de apresentação, destinada a operadores económicos nacionais e internacionais, no auditório do Parque Tecnológico da Mutela, em Almada, estando ainda previstas sessões individuais com potenciais interessados.
Em 2017 foi dado um passo decisivo para o avançar do projecto, com a desafectação dos terrenos da Margueira do domínio público hídrico.
LUSA/DI