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Corum sociedade de investimento imobiliário abre escritórios em Portugal

10 de outubro de 2019

A Corum Investments, sociedade francesa de investimento imobiliário, abriu sucursal em Portugal e considera não haver “bolha” no mercado nacional, mas sim um “momento de estagnação”, defendeu hoje o director da sociedade no país, José Gavino.

“Grande parte do dinheiro que sai dos bancos é para imobiliário” e há uma “procura externa gigantesca”, afirmou José Gavino num encontro com jornalistas para apresentação da Corum Investments, no seu novo espaço na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

“Isso são tudo factores que nos levam a concluir que estamos numa estagnação, mas não estamos numa bolha” no mercado imobiliário em Portugal.

A Corum Investments é uma sociedade gestora independente, não ligada a qualquer banco ou grupo bancário, criada em 2011, em França, que gere activos avaliados em mais de três mil milhões de euros.

Em Portugal, os dois fundos disponibilizados pela sociedade gestora – o Corum Origin, com um preço de subscrição de 1.090 euros por acção, e o Corum XL, cujo preço de subscrição de uma ação é de 189 euros – já estão a ser distribuídos nos balcões do EuroBic, estando previsto “fechar com outros bancos” brevemente.

Segundo a empresa, a breve prazo será feita também a distribuição directa e ‘online’ daqueles produtos.

“Começámos todo o processo com a CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários]”, acrescentou José Gavino, adiantando que é uma questão de “dias para começar a fazer distribuição directa”.

Devido à evolução positiva da sua carteira de imóveis, o fundo de investimento imobiliário CORUM Origin irá aumentar a cotação das suas ações pela sexta vez em 7 anos.

Desde o passado dia 1 de junho, a cotação das acções Corum Origim passou a ser de 1090 euros em vez de 1075 euros, o que correspondeu a uma valorização de 1,4%. O aumento da cotação teve por base a avaliação actual da carteira imobiliária feita pelo perito em imobiliário BNP Paribas Real Estate Europe, um avaliador externo que, uma vez por ano, analisa a valorização do preço dos ativos imobiliários que constituem os fundos.

Para a gestora de fundos imobiliários, o volume desejável para uma carteira nos primeiros cinco anos situa-se entre os 5 e 10% em Portugal (na Europa o volume das carteiras é de 18%), esperando desde já um número de subscrições mais baixo do que nos outros países para onde se internacionalizaram, como por exemplo Áustria e Holanda, devido, entre outros factores, aos salários praticados.

 

Um portefólio imobiliário espalhado por 10 países do mundo

Em Portugal a Corum adquiriu já 9 imóveis comerciais, o último dos quais o edifício que acolhe o supermercado Pingo Doce em Vila Nova de Gaia.

A Corum esclareceu ainda que trabalha apenas com arrendamento comercial e com contratos de longa duração, numa lógica de poupança - “muito comum entre os franceses” - com rendimento mensal, cujo reembolso funciona por entrada de novos investidores.

A comissão cobrada é única, de 12%, retirada no resgate, de maneira a garantir a estabilidade da carteira, desencorajando os investidores a entrar e sair do fundo a qualquer momento.

“O imobiliário não é um activo de refúgio”, disse o director da gestora de fundos em Portugal, salientando que a Corum Investments é a “única” no mercado nacional “que revela a totalidade dos imóveis detidos pelos seus fundos, incluindo o valor total da aquisição”.

Em Portugal, a Corum tem já duas equipas, uma de ‘IT’, composta por 10 pessoas que servem todo o grupo, e outra de cinco pessoas, para as restantes funções, que esperam que chegue às 10 até ao final do ano.

Actualmente a empresa conta com escritórios em França, Portugal, Holanda e Áustria.

Lusa/DI