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Do Brasil para Portugal para construir casas novas para portugueses

5 de fevereiro de 2021

Nasceu no Brasil, em 2009 e chegou a Portugal em 2012 para construir empreendimentos de raiz para portugueses. Neste momento, a promotora imobiliária Major Development já construiu dois projectos que se revelaram de grande sucesso comercial, este ano têm dois prontos para serem lançados e mais dois no último trimestre de 2021. Já captaram aproximadamente 30 milhões de euros para investimento e geriram um investimento total na ordem dos 100 milhões de euros e esperam fechar 2021 com um Valor Geral de Venda (VGV) em torno de 150 milhões de euros.  

Gabriel Costa, CEO da Major Development garante ao Diário Imobiliário que Portugal modernizou-se muito e que hoje é um destino consolidado na Europa. A aposta no nosso país é para ficar e construir casas de qualidade para os portugueses.

Porquê o investimento em Portugal? Que potencialidades encontra neste país?

Vimos um potencial muito grande no país, Portugal estava a sair de uma crise complicada, ainda não era, no que diz respeito ao sector imobiliário, o que é hoje, mas entendemos que o caminho estava ali para ser trilhado.

Hoje, Portugal é um destino consolidado na Europa, com excelentes condições para atrair pessoas do mundo inteiro que buscam qualidade de vida na sua plenitude, e aqui incluímos um clima favorável, com aproximadamente 280 dias de sol por ano, uma excelente gastronomia, uma oferta cultural vasta e eclética, num território relativamente pequeno, no entanto muito diversificado, onde encontramos sol e praia, montanhas, vales incríveis, paisagens exuberantes e muito mais, para além de uma sociedade simpática e acolhedora, tudo isto numa capital europeia estrategicamente bem localizada geograficamente e com excelentes ligações não só para o resto da Europa como para outros destinos.

Assim, Lisboa assumiu na última década um protagonismo ímpar e tornou-se objecto de desejo mundial.

Quantos projetos já realizaram e quanto já investiram?

Até ao momento realizamos dois projectos, que totalizam 66 apartamentos: o Nouveau Lisboa, na Avenida de Berna, em Lisboa, e o Vivere Vale do Jamor, em Oeiras.

Captámos aproximadamente 30 milhões de euros para investimento e gerimos um investimento total na ordem dos 100 milhões de euros, até ao momento.

Que projectos estão em desenvolvimento e quanto ainda têm previsto investir? Estão para ficar?

Temos dois empreendimentos prontos para serem lançados, o Solo, em Oeiras, e o Garden, em Cascais. Esses lançamentos irão acontecer até ao final do primeiro semestre de 2021, dado o momento nacional, em função da pandemia, estamos a procurar o melhor momento. Para além disso estamos a desenvolver mais dois empreendimentos, para lançar até ao final do ano, um em Lisboa e outro em Oeiras, com previsão de lançamento para o último trimestre de 2021.  

A Major não é um projecto a prazo, queremos consolidar a nossa marca e temos vários projectos para o futuro em Portugal.

Esperamos fechar 2021 com um Valor Geral de Venda (VGV) em torno de 150 milhões de euros.  

Que tipo de produtos têm? O que os distingue de outros promotores?

Os nossos empreendimentos são sempre projectos criados de raiz. Assentam na valorização da relação das áreas externas com as internas e das áreas comuns, como a piscina, ginásio, spa e a área gourmet. Melhorar a qualidade de vida das pessoas é sempre a nossa meta, a nossa base. Queremos ajudar as pessoas a transformar a casa em lar.

Como tem corrido a comercialização? Quem é o público-alvo?

Sinceramente, acima das expectativas. Os empreendimentos acabaram por ter um impacto muito positivo e conseguimos exceder as melhores previsões. A venda em planta, por exemplo, tem corrido muito bem.

Os nossos clientes são maioritariamente portugueses, mas temos famílias de muitos pontos do mundo a viver nos nossos empreendimentos.

Como analisa a evolução do mercado imobiliário português desde que chegou ao nosso país?

Evoluiu muito. Desde 2014/15, sobretudo, temos assistido a um crescimento muito bom, e não apenas da construção em si, mas de toda a infraestrutura do país, o que ajuda o sector imobiliário. Cidades com melhores condições para quem vive nelas, acessos melhores, estradas muito boas, melhoria nos transportes, nas praias, na restauração, na hotelaria, enfim, o país evoluiu muito, modernizou-se e isso acaba por ter um impacto muito grande no imobiliário.  

E com esta crise instalada no mundo e em Portugal, de que forma irá afetar o sector?

As pessoas passaram a valorizar ainda mais a casa, o conforto, reorientaram as prioridades. Isso tem levado a uma procura de melhoria da qualidade de vida, o que tem elevado a procura por casas que proporcionem essa vivência, mais ao ar livre, com maior liberdade e opções sem ser necessário sair de casa.

Perante isso dá-nos algum optimismo, uma vez que isso está totalmente alinhado com os nossos valores, com aquilo que é a nossa missão.   

O caminho que Portugal tem feito é sólido, mas esta crise é mundial, é muito provável que possa ter algum efeito, mas acreditamos que a situação melhorará e o mercado manterá uma tendência positiva.

Continuam a acreditar nas potencialidades do nosso mercado?

Sem dúvida. Por isso continuamos a trabalhar muito em novos projectos, novos investimentos.

Quais têm sido as maiores dificuldades encontradas ao longo destes anos?

A burocracia é sempre um entrave, apesar de algumas melhorias continua a ser um dificultador, como acontece, aliás, em todo o mundo.

O crescimento rápido do sector trouxe algumas dores de crescimento, como por exemplo os custos dos terrenos, o custo de construção.

Como referi, Portugal tem feito um caminho muito consistente de evolução e isso nota-se a todos os níveis, as dificuldades existem, mas acreditamos muito nas escolhas que fizemos e no que perspectivamos para o futuro.

O que considera importante mudar para criar mais incentivos aos investidores e para o sector em geral?

O que já vem acontecendo, com as associações do sector a reivindicarem junto de quem de direito maior agilidade e celeridade nos processos. Isso ajuda também a atrair investidores, na medida em que eles estarão sempre mais interessados em investir quando têm mais clareza sobre os prazos dos processos.

Noutra dimensão, é muito importante que o Governo mantenha uma política de incentivo ao investimento estrangeiro que repercutem directamente no mercado imobiliário, mas não só.