Porto vai ter o “melhor bairro social” do País
A Câmara do Porto garante que o futuro bairro de habitação municipal Rainha Dona Leonor será o melhor “jamais construído em Portugal”. As profusas imagens dadas a conhecer (e que o Diário Imobiliário divulga) parecem confirmá-lo.
O Bairro Social Rainha Dona Leonor, com classe energética A+, terá 72 fracções, 52 das quais para as famílias presentes no actual e muito degradado bairro, e as restantes 20 casas para novos inquilinos municipais. O modelo implementado pelo executivo de Rui Moreira permitirá fazer a obra, sem qualquer custo para o município, explicou hoje o vereador da habitação Manuel Pizarro em reunião camarária.
O modelo foi assim explicado:
“Aproveitando o terreno onde estava implantado o bairro Rainha Dona Leonor, em três blocos muito degradados e cheios de placas de amianto, a Câmara do Porto lançou um concurso público, obrigando o vencedor construir primeiro a habitação social de alta qualidade e, no final, ao lado, um bloco de habitação para venda”.
O modelo permitirá construir habitação social de elevada qualidade, manter todos os inquilinos no local, alojar novos inquilinos municipais a custo zero, já que serão os privados a fazer todas as obras. O risco para a autarquia é, por outro lado, nulo, já que os empreendedores apenas poderão avançar com a habitação particular após a entrega da habitação social – garante a autarquia.
Tipologias T1 a T4 e espaços sociais
As "casas" de habitação social dividem-se nas várias tipologias, de T1 a T4, havendo também apartamentos duplex. Além das casas, que terão todas entradas próprias e individuais, o empreendimento terá espaços comuns e sociais, de lavandaria, sala de estudo e de moradores. As casas terão vista para o rio e para a Foz e o espaço público será totalmente requalificado pelo empreendedor.
As obras de demolição do bairro Rainha D. Leonor, no Porto, e de construção de um novo complexo habitacional no local devem começar em maio, revelou hoje o vereador da Habitação, Manuel Pizarro, na reunião pública do executivo.
“A perspectiva é que as obras possam começar no próximo mês”, afirmou Manuel Pizarro, do PS, depois da apresentação do projecto vencedor do concurso público lançado pela autarquia para encontrar um parceiro privado para recuperar aquele bairro, situado na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.
As obras de recuperação do complexo habitacional estão orçadas em 3,5 milhões de euros. Os custos dos trabalhos de demolição e reconstrução ficam a cargo do parceiro privado.
Aythya - Investimentos Imobiliários venceu o segundo concurso lançado pela autarquia para recuperar o bairro, depois de, num primeiro procedimento (lançado no fim de 2014), o júri não ter aceitado nenhuma das duas propostas apresentadas.
O processo foi alvo de vários processos judiciais e, em Agosto, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto (TAFP) absolveu a Câmara no processo em que uma empresa contestava a adjudicação da recuperação do bairro à Aythya.
