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Linha férroviária entre Sines e o Caia vai ser renovada

 

Linha férroviária entre Sines e o Caia vai ser renovada

 

Linha férroviária entre Sines e o Caia vai ser renovada

15 de janeiro de 2017

Os trabalhos de renovação das linhas ferroviárias entre o Porto de Sines e a fronteira do Caia (Elvas) vão ter início ainda este ano com um investimento de 18,5 M€ com a renovação integral da linha entre Elvas e a fronteira do Caia, numa extensão de 9 Km.

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou ontem que o Governo vai avançar com os trabalhos de reabilitação das linhas ferroviárias de ligação entre o Porto de Sines e a fronteira do Caia (Elvas).

 

18,5 milhões de euros para os primeiros 9 km

De acordo com o governante, o projecto, que conta com o apoio de fundos comunitários, arranca com um investimento de 18,5 milhões de euros (ME) na requalificação da linha ferroviária entre Elvas e a fronteira do Caia, numa extensão de nove quilómetros.

“Posso anunciar que a primeira empreitada dessa reabilitação (Sines-Caia) começará em Elvas, com a modernização do troço até à fronteira, cujo concurso será lançado no início da Primavera, para que a obra possa concluir-se no próximo ano”, disse Pedro Marques.

“Será uma obra de renovação integral da linha existente numa extensão de nove quilómetros, com reabilitação de duas pontes, desnivelamento de passagens de nível para garantir condições de segurança e ampliação da estação de Elvas para que possa receber os maiores comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento”, acrescentou.

Para Pedro Marques, este investimento de 18,5 milhões de euros, “marca o início de uma obra mais vasta” de toda a linha que liga Sines à fronteira do Caia e, deste modo, a Espanha.

 

Um eixo estratégico para o país

Há muito que é considerada, consensualmente, como a via estruturante estratégica de transporte de mercadorias para Espanha e para a Europa; e, por isso mesmo, uma ‘peça’ fundamental para a reanimação da economia portuguesa. Agora,sim, parece que se vai passar das palavras à acção…

E se antes já era assim, com o alargamento do Canal do Panamá - inaugurado no passado dia 26 de Junho do ano passado - esse cenário tornou-se ainda mais evidente.

Até ao dia 26 de Junho de 2016 apenas navios com capacidade até 4500 TEU (unidade de medida de referência na carga contentorizada) poderiam passar pelo canal do Panamá. A partir do alargamento passaram a poder circular embarcações com 12.500 TEU de capacidade. Ora, o porto de Sines tem capacidade de receber navios até aos 19 mil TEUS e está, por isso, “mais do que preparado para receber este incremento de tráfego”, sendo o porto de águas profundas mais próximo do continente americano.

O presidente da Administração do Porto de Sines antevia na altura que o incremento de tráfego no porto poderia ultrapassar a atracação de mais de 200 navios ano e apontava que o acumulado de movimento no final de 2016 poderia atingir as 46  milhões de toneladas carga. O movimento foi precisamento de 46,8 milhões de toneladas, ultrapassando a meta prevista por aquele gestor.

O Porto de Sines e a sua Zona Industrial e Logística de rectaguarda, “com mais de 2.000 ha, são já uma plataforma logística de âmbito internacional com capacidade para receber os grandes actores dos sectores marítimo-portuário, industrial e logístico”. Mas para que isso seja real é fundamental que a via-férrea de escoamento das mercadorias e contentores dê resposta.

Não basta Sines ser “o primeiro porto de águas profundas para quem vem do outro lado do Atlântico” e movimentar já 46,8 milhões de toneladas/ano, com uma quota nacional que ascende a 54,8% do mercado. As mercadorias que ali chegam em cada vez maior quantidade têm que ser movimentadas com eficácia e rapidez para chegarem aos seus destinos finais na Europa.

Lusa/Diário Imobiliário