
Edifício do Portugália Plaza vai diminuir 11 metros - menos três pisos
Depois da polémica, o projecto da Portugália Plazza, sofreu uma reformulação, o edifício de 60 metros passará a ter 49 metros e a supressão de três andares. A Assembleia Municipal de Lisboa vai debatê-lo no dia 18 de Julho.
O Diário de Notícias noticiou no sábado que o projecto sofreu uma remodelação, o edifício de 60 metros passará a ter 49 metros e “uma localização mais interior em relação ao que estava inicialmente projectado”.
Segundo a mesma fonte, “apesar do decréscimo de 11 metros, a torre perde apenas três andares, dado que foi diminuída a altura dos pisos”.
Hoje, na sessão plenária da AML, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), confirmou que “deu entrada há poucos dias um projecto de alteração” ao original, acrescentando que o debate agendado para 18 de Julho será uma “excelente oportunidade” para “confrontar os autores com as alterações” propostas.
O autarca respondia a uma intervenção da deputada municipal do BE Isabel Pires, que defendeu que o projecto “descaracteriza aquela zona da cidade, mesmo que [a torre] tenha menos 11 metros”.
No início da reunião, Luís Castro, do colectivo Vizinhos de Arroios, referiu que ainda “não há qualquer actualização” do projecto disponível no ‘site’ da AML, tendo a presidente da assembleia, Helena Roseta, avançado que já solicitou à autarquia a actualização da informação.
A audição pública sobre a requalificação do quarteirão da cervejaria Portugália, com início agendado para as 17:30, contará com a apresentação do projecto pelos projectistas, a audição dos peticionários contra o edifício mais alto, um debate com diversas entidades convidadas e cidadãos, as intervenções das várias forças políticas com representação na AML, assim como com a intervenção do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS).
O projecto, da autoria da empresa ARX Portugal Arquitectos, prevê a construção de quatro edifícios em terrenos actualmente abandonados no quarteirão da Portugália, na Avenida Almirante Reis, freguesia de Arroios.
Segundo o projecto inicial, o futuro empreendimento contemplará cerca de 85 apartamentos “destinados a jovens profissionais e famílias de classe média”, 180 unidades de habitação de convivência, escritórios, espaços comerciais, 413 lugares de estacionamento para automóveis e 99 para motas.
Os quatro novos edifícios e a reabilitação dos pré-existentes “conformam duas praças” ajardinadas abertas ao público e onde será possível atravessar a Avenida Almirante Reis e a Rua António Pedro.
Nos últimos meses têm surgido diversas críticas ao projecto, nomeadamente de autarcas, de arquitectos paisagísticos e de munícipes, tendo também sido criado o movimento “Stop Torre 60m Portugália”.
As principais críticas prendem-se com a volumetria de um dos edifícios, que os moradores temem que provoque ensombramento e tenha um impacto negativo nas vistas.
Para os projectistas, a “torre” é uma forma de "intervenção perfeitamente válida", que permite gerar espaço público.
O projecto já foi alvo de duas apresentações públicas e esteve em consulta pública até 18 de Junho.
LUSA/DI