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Imagem Google Street View

Brasil: Palacete Saldanha em Salvador da Bahia vai a leilão

13 de novembro de 2023

O imóvel histórico situado na icónica zona do pelourinho da cidade brasileira e primeira capital do país foi colocado para venda por decisão do Tribunal Regional de Trabalho  da 5ª Região. Segundo a imprensa bahiana, a última avaliação, realizada em 2022, atribuiu-lhe o valor de 10,15  milhões de Reais ( um pouco mais de 1,9 milhões de euros)

Segundo o edital de licitação, o prazo para demonstrar interesse termina em 29 de Janeiro de 2024, sendo o primeiro lance pelo valor daquela avaliação. O imóvel é ‘tombado’ pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - o que acontece quando um imóvel está preservado pelo Poder Público devido à sua importância histórica).

Conforme consta no processo, “trata-se de prédio tombado pelo patrimônio histórico sendo o estado de conservação razoável, mas com várias infiltrações aparentes e goteiras em algumas paredes do palacete, em especial na junção entre a parte mais antiga e nobre e a parte mais recente e não terminada. Apresenta, também, ferragens deterioradas. O prédio necessita do término de obras inconclusas”.


Foto Raul R. Burley Wikimedia


Imagem Google StreetView


O imóvel possui quatro pisos (subsolo, térreo, 1º andar e 2º andar), cerca de 20 divisões de várias dimensões, capela, salão de exposição e auditório, perfazendo uma área construída de 7.822,14 m², sendo que desta área total existe uma área de 780,07m² que está inacabada.

O solar foi construído pelo “coronel António da Silva Pimentel a partir de 1699 no lugar de algumas casas compradas à Ordem dos Terceiros do Carmo, sendo construído no início do século XVIII. A filha do dono original, Joana da Silva Caldeira Pimentel Guedes de Brito, casou-se com D. Manoel Saldanha da Gama, filho do vice‐rei da Índia, de quem o solar acabou herdando o nome. (...) Em 1874 foi adquirido pelo Liceu de Artes e Ofícios, que realizou várias alterações no edifício. Em 1938 foi tombado pelo IPHAN, e em 1968 foi consumido por um incêndio, sobrando apenas as paredes externas. O palácio foi restaurado nos anos 1990” - refere a descrição na Wikipedia. Que adianta: “Com dois pavimentos, o palácio tem organização típica dos solares da capital baiana da época colonial: o térreo era dedicado a serviços e comércio, enquanto o andar de cima – o pavimento nobre - era dedicado à habitação, tendo primitivamente uma capela.

O maior atrativo do solar é a portada monumental, em pedra de Lioz, que envolve a entrada e a janela do piso superior”.