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Albergaria acolhe Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos com investimento de 7,5 milhões

28 de março de 2024

Na estrutura da antiga Fábrica de Papel de Valmaior, em Albergaria-a-Velha, vai nascer o Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, cujo investimento previsto é de 7,5 milhões de euros. Com uma construção bruta de 2300 m2, o novo equipamento vai ser constituído por uma zona de acolhimento, núcleo museológico com espaço expositivo, depósito e arquivo (840 m2), sala de leitura, espaços técnicos, gabinetes de trabalho, um pátio interior e uma zona verde nas margens do Rio Caima. De acordo com o estudo prévio desenvolvido pelo AnC Arquitetos, vai haver ainda um espaço museológico relacionado com a actividade da Fábrica de Papel e uma praça central exterior para o usufruto da comunidade.

"Será um espaço de enriquecimento cultural e também de preservação ambiental", resumiu Delfim Bismarck, Vice-Presidente da Câmara Municipal, que salientou ainda a existência de um quadro técnico qualificado no Arquivo Municipal para dar conta deste novo desafio. António Loureiro, Presidente da Câmara Municipal, também destacou o trabalho dos técnicos, quer do Município, quer da APA, tendo ressalvado que este projeto nasceu a partir das conversas e troca de impressões "de quem está no terreno".

Antes da construção do Museu e Arquivo Histórico, vai decorrer, este ano, a reabilitação do Rio Caima, numa extensão de 7 km, com a criação de cordões ecológicos, que respeitem o ecossistema da zona ribeirinha, bem como a construção de um trilho pedestre. A nora vai ser também reposicionada na margem, que terá um anfiteatro e uma área pedagógica com "jogos de água", numa área que pretende estreitar a relação da comunidade com o rio.

"Avalia-se o nível cultural de um povo pela forma com trata a água e os rios", afirmou José Pimenta Machado, que acredita que este projeto ficará para a História.

Foi em 2023, que o Município de Albergaria-a-Velha e a APA – Agência Portuguesa do Ambiente celebraram um protocolo de colaboração para a criação do Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos em Portugal. A constituição deste novo equipamento é de grande relevância no que diz respeito à preservação e tratamento dos acervos históricos, no seu papel interactivo junto da comunidade e na disponibilização dos arquivos para investigação.