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Turismo

 

Sete milhões para recuperar o antigo Hotel de Turismo da Guarda

23 de fevereiro de 2018

O edifício do antigo Hotel de Turismo da Guarda vai ser recuperado, no âmbito do Programa Revive, num investimento global estimado de sete milhões de euros.

“A concessão do Hotel Turismo da Guarda, que faz parte do Programa Revive, foi adjudicada ao agrupamento de empresas MRG”, refere uma nota do Gabinete da Secretária de Estado do Turismo.

Segundo a fonte, o consórcio fica com a concessão do imóvel icónico da Guarda “durante 50 anos, mediante o pagamento de uma contrapartida anual de 63 mil euros”, estando o investimento total de recuperação do edificado estimado em sete milhões de euros.

“O consórcio compromete-se a construir uma unidade hoteleira neste imóvel, que ocupe no mínimo 55% da área bruta de construção. Está prevista uma unidade ‘boutique’ hotel, de quatro estrelas, ligada ao tema da neve, com 50 quartos e com outras valências como SPA (que estará acessível igualmente aos residentes no município) e restaurante”, acrescenta a nota hoje enviada à agência Lusa.

O comunicado adianta que o futuro hotel terá uma vertente de formação e “preocupações de sustentabilidade ambiental, como aquecimento de águas através de energia solar ou iluminação LED”.

O anúncio da adjudicação do edifício do antigo hotel da Guarda ao grupo empresarial MRG foi também feito pelo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro (PSD), durante a reunião de hoje da Assembleia Municipal.

“Foi isso que nós conseguimos. É que, no limite, por quatro anos, tenha que abrir o hotel, no mínimo em 50% daquele espaço”, afirmou.

O Hotel Turismo da Guarda foi projetado em 1936 por Vasco Regaleira e é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade da Guarda, estando situado no centro da cidade.

Em 2010, o Turismo de Portugal comprou o imóvel à Câmara Municipal para um projeto de requalificação turística, mas esse projeto foi abandonado em 2012 e o hotel está desde então devoluto.

“Em 2015, foram lançados dois procedimentos destinados à venda do hotel, em condições que não atraíram interessados”, sublinha a nota do Gabinete da Secretária de Estado do Turismo.

A fonte acrescenta que o Governo “decidiu dar um novo uso a este imóvel integrando-o no Programa Revive, um programa conjunto dos Ministérios da Economia, Cultura e Finanças, tornando-o num ativo económico, capaz de gerar riqueza e emprego, e que, ao mesmo tempo, valorize a atratividade turística da região”.

“Prevê-se que sejam lançados em breve os concursos de concessão do Colégio de São Fiel, em Castelo Branco, do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, e da Coudelaria de Alter, em Alter do Chão”, conclui.

LUSA/DI