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Turismo

 

Lisboa passou da terceira para a segunda divisão no Turismo

30 de novembro de 2018

Apesar do boom do turismo e da entrada de investimento ainda há um longo caminho a percorrer. Quem o afirma é José Roquette, Chief Development Officer do Pestana Hotel Group, durante a conferência internacional que decorreu na Estufa Real, na Ajuda, em Lisboa, organizada pela consultora Essentia, com o tema “Marcas Globais, destinos turísticos e mercado imobiliário. ... como tirar o melhor partido desta relação?”.

Para o responsável, tanto a capital portuguesa como o Porto encontram-se hoje num grande dinamismo e passaram para a segunda divisão do turismo. Portugal está a viver momentos únicos de grande reconhecimento internacional e isso devem-se a vários elementos mas o mais importante é na sua opinião, a segurança.

“Estamos num momento muito forte mas ainda há muito a fazer. Lisboa está mais exposta à procura a nível internacional e daí não há razão nenhuma para não ter ambição”, adianta Roquette. O especialista avançou ainda que a relação de turismo e imobiliário começa logo na primeira noite num hotel. Quando o turista gosta fica uma semana, depois regressa e quer comprar. “Por isso, turismo e imobiliário, andam de mãos dadas”, assegura.

Além da segurança, hospitalidade, clima e competitividade fiscal, são outros dos factores preponderantes para quem pretende visitar e investir em Portugal. Daí que a estabilidade fiscal é igualmente fundamental.

José Roquette alerta no entanto, para o regresso de destinos turísticos como a Tunísia, Grécia ou Turquia e para as barreiras estranguladores para o turismo urbano em Lisboa, como por exemplo, o esgotamento do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa.

O responsável admite que Portugal despertou muito tarde para o crescimento do turismo e ainda vai ter de crescer a nível de inovação.

O Chief Development Officer do Grupo Pestana adiantou ainda que o turismo teve inclusive um incremento mundial que tem superado todas as expectativas. Segundo os dados da OIT – Organização Internacional do Turismo, há 50 anos existiam 25 milhões de turistas em todo o mundo. Em 2000, eram 675 milhões e em 2030 deverão chegar aos dois mil milhões. Em oito anos, apresentou um aumento de 100 mil turistas por dia e de 400 milhões nesse período.

Begoña Íñiguez, jornalista espanhola e ex-presidente da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal, também concorda que Portugal está na segunda divisão no turismo mas acredita que isso pode servir para aprender com os erros dos outros países. A jornalista a viver e trabalhar há 15 anos no nosso país, adianta que a evolução da cidade de Lisboa nestes últimos anos é enorme e para melhor. Mas aconselha que não se deve perder a autenticidade. Na sua opinião, Portugal tem um potencial incrível.