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Opinião

 

Sobre o imobiliariês

15 de fevereiro de 2021

Quando entramos neste mundo e começamos a angariar imóveis, uma das tarefas que, a meu ver, é das mais ingratas, passa pela descrição online que vamos fazer relativamente ao que queremos publicitar e, naturalmente, vender. E se eu, que felizmente não tenho grandes dificuldades em escrever - e mesmo assim confesso-vos que, ocasionalmente, tenho bloqueio de escritor e vejo-me aflito para fugir aos lugares-comuns das descrições-tipo que pululam por aí – imagino o cabo dos trabalhos que deve ser para consultores ou agências escreverem um anúncio apelativo que cative a atenção do potencial cliente e que faça os seus imóveis distinguirem-se dos restantes.

Felizmente, os próprios consultores e agências começam a perceber que, se não sabem ou não têm jeito, o melhor mesmo que têm a fazer é entregar essas competências a quem possa saber um pouco mais de escrita criativa, marketing e comunicação. E nota-se que, quem já fez esse caminho, os resultados começam a aparecer: vídeos apelativos, descrições de imóveis que nos fazem sonhar, fotografias bem tiradas e sites dinâmicos e bem conseguidos que, no fundo, nos permitem ter sucesso a contar uma história e vender a concretização de um sonho. Porque, no final do dia, é apenas isso que importa e é também para isso que aqui estamos, certo?

Há uns tempos atrás, o Agente Funini (tenho mesmo de explicar quem é?), fez um post certeiro no Facebook sobre uma agência que quis descomplicar o imobiliariês, ensaiando uma espécie de tradução ao que os consultores publicitam e ao que genuinamente estão a tentar dizer/esconder.

Não querendo exaustivo (ou injusto com o Agente Funini ou com esta agência em causa) há, de facto, algumas expressões que são clássicos e que a maioria de nós acabamos por usar nas descrições que fazemos: imóvel “com potencial” (a precisar de obra), “acolhedor” (pequeno) ou “para investir” (em ruína). Eu acrescentaria a enervante expressão “com muito cachet”, a clássica “com charme”, a sofisticada “ambiente de prestígio” ou a enigmática “simpática zona de comércio e serviços”.

Se, porventura, se reviram em alguma (ou todas) as expressões que aleatoriamente escolhi no parágrafo anterior, peço-vos que não me levem a mal. Espero, sinceramente, que percebam o meu ponto: neste nosso meio, não há receitas mágicas nem soluções impossíveis e quero crer que o que pode servir para uns não servirá certamente para outros. 

Tal como existem diversas formas para angariar clientes e imóveis, acredito que há técnicas de marketing, comunicação e de vendas que se adequam a um consultor e a uma agência e que a outros não servem. E, da mesma forma que devemos adequar o nosso marketing e a nossa comunicação aos nossos clientes, (e, com sorte, almejar ser o mais abrangente possíveis) não podemos ter a ingenuidade de esperar que, com a estratégia e o rumo que seguimos, vamos ser um catch all e agradar a todos os públicos e a todos os clientes. Principalmente no exigente mundo online e das redes sociais.

Por último, dizer-vos que não ficaria bem comigo mesmo se não deixasse aqui o link do meu perfil profissional no Facebook e a minha disponibilidade para ajudar, se entenderem que poderei fazer a diferença nesta área do marketing, comunicação e conteúdos em particular: https://www.facebook.com/franciscoferreira1972/). Estejam por favor à vontade para me contactar.

Francisco Mota Ferreira

Consultor imobiliário