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Habitação by century 21

 

Crédito à Habitação: Bancos anunciam crescimento em 2017

26 de fevereiro de 2017

Vários bancos nacionais antecipam que continue, em 2017, a tendência de crescimento no crédito habitação mesmo sem atingir os níveis de anos passados.

Como já foi referido pelo DI, segundo o Banco de Portugal, os empréstimos à compra de casa aumentaram 44% em 2016 sendo o maior crescimento desde 2010. O ano passado foram concedidos 5.790 milhões de euros para crédito à habitação. 

À agência Lusa, fonte do Millenium BCP afirmou a expectativa da tendência de crescimento, mas "com valores de produção ainda distantes dos registados há uma década".

Entre os principais motivos para a evolução positiva estão as taxas de juro historicamente baixas, a estabilização/redução da taxa de desemprego e o aumento do índice de confiança dos consumidores, segundo o banco, que explica que a actual concessão de crédito decorre "maioritariamente de transacções de imóveis usados, e não de nova construção, que é neste momento mais reduzida do que a verificada há 10 anos".

O Santander Totta demonstrou também estar "optimista" acerca da evolução do mercado e acredita haver margem para o banco continuar a crescer neste mercado, "até porque os valores actuais estão bastante abaixo dos registados no passado".

"Spreads mais baixos e uma economia a apresentar sinais positivos" contribuirão para o crescimento, segundo fonte do Santander Totta, que informou como os novos empréstimos revelaram "grande dinamismo" em 2016, "o que se traduziu numa quota de mercado de cerca de 19%".

"Se tomarmos em conta um período mais largo, de 2008 a 2016, o Santander Totta concedeu 7.100 milhões de euros de crédito a particulares", informou.

A Caixa Económica Montepio Geral salientou à Lusa que o dinamismo no sector imobiliário começou desde finais de 2015 e a expectativa é de continuar a crescer em 2017, dada a "valorização do imobiliário e a tendência do aumento da procura".

A área de crédito do Bakinter recordou, por seu lado, que 2016 foi o ano em que se inverteu a tendência de redução da oferta e da procura de crédito, "com o retomar dos níveis de confiança e com os primeiros sinais dados por bancos como o Bankinter, mais resilientes e com melhores estruturas de capital, de que este é um mercado onde pretendem investir".

O Banco Popular afirmou, por sua vez, que "neste início de ano não há quebras na concessão de crédito à habitação", mas que não dispõe de dados para antever o resto do ano.

Lusa/DI