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Habitação by century 21

 

 

 

Comprar exige menor esforço financeiro do que arrendar casa em Portugal – o estudo da Century 21 (II)

26 de julho de 2019

O estudo inédito levado a cabo pela Century 21 Portugal, a nível nacional, avalia a capacidade de acesso das famílias portuguesas à habitação, com base na análise comparada entre o arrendamento e a aquisição de casa.

Partindo de uma casa-base de 90 m2 como critério de definição de uma habitação ideal para a média dos agregados familiares portugueses, o estudo avaliou o rendimento médio das famílias nas várias capitais de distrito, bem como os valores para aquisição e arrendamento desta tipologia de habitação. Para além disso, foi analisada a taxa de esforço para aceder a ambas as soluções habitacionais e foi comparada a área possível - para adquirir e arrendar uma casa- cumprindo os critérios da taxa de esforço de referência de 33%, definida pelo Banco de Portugal.

O estudo avaliou todas as capitais de distrito, com uma análise detalhada às áreas metropolitanas de Lisboa, Porto e à região do Algarve.

 

Concelhos com maior, e menor, taxa de esforço para acesso à habitação

Os cinco concelhos com a maior taxa de esforço do País para aquisição de habitação são Lisboa - onde este indicador atinge os 58% — seguida de Lagos, Loulé, Tavira e Albufeira. O evidente desequilíbrio entre a oferta e a procura de habitação na capital justifica esta tendência. Porém, já nos concelhos do Algarve, a conjugação da pressão dos preços dos imóveis nos centros turísticos com os rendimentos familiares mais baixos do país, que se verificam precisamente neste e nestes quatro concelhos, originam taxas de esforço para aquisição de casa superiores a 50% — revela o estudo.

Por outro lado, — adianta — “os cinco concelhos onde a aquisição de habitação requer menor taxa de esforço das famílias são Guarda, Castelo Branco, Bragança, Santarém e Portalegre, que no total contam apenas com 2,1% dos agregados familiares do continente. A baixa densidade populacional, característica da interioridade, conjugada com os rendimentos médios mensais - entre os 1359 e os 1394 € - dos agregados familiares destas cidades — em linha com os valores médios verificados na maioria das capitais de distrito — justifica a maior facilidade de acesso à habitação nestas regiões.

Os cinco concelhos do País com a maior taxa de esforço para acesso ao arrendamento são Lisboa e Albufeira, ambos a registarem uns expressivos 68%, seguidos de perto por Loulé, Cascais e Amadora, onde arrendar uma habitação de 90m2 já exige 57% do rendimento mensal das famílias.

Já os concelhos com menor taxa de esforço para arrendar uma habitação são a Guarda, Viseu, Vila Real e Santarém empatados, seguidos de Portalegre e Castelo Branco, ambos a registarem acesso ao arrendamento com apenas 29% do rendimento mensal das famílias.

 

Aquisição e arrendamento

Em todos os concelhos do País, a aquisição de habitação implica sempre um menor esforço financeiro das famílias do que a opção de arrendamento. Adquirir a casa de 90 m² implica um encargo mensal entre 14% a 61% inferior ao valor mensal do arrendamento

praticado na mesma zona, incluindo em mercados muito valorizados, como Lisboa e Porto, onde esse ‘gap’ se situa em respectivamente em -14% e – 30%, e Faro em -26%. Em 10 das 18

capitais de distrito, o ‘gap’ situa-se mesmo acima dos -40%, com destaque para Braga (-47%), Setúbal (-46%), Aveiro (-42%) e Leiria (-41%). Noutras cidades universitárias como Coimbra (-36%) e Évora (-33%), esse ‘gap’ está mais próximo de Lisboa e Porto.

Nas áreas metropolitanas, comprar também é sempre mais vantajoso do que arrendar, entre os e 5% em Tavira e os 58% no Barreiro. Apenas Tavira tem um gap abaixo dos -10%, já que nos restantes mercados a diferença é superior a -18%. Barreiro e Sintra lideram em Lisboa. Gaia, Maia e Gondomar no Porto, e Portimão no Algarve.