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Habitação by century 21

 

Casas começam novamente a valorizar

13 de fevereiro de 2015

Um dos efeitos da crise tem sido a desvalorização dos imóveis nos últimos anos. Se antes comprávamos uma casa por 150 mil euros, o banco avaliava por esse valor ou mais, se hoje pedirmos uma reavaliação ou se a quisermos vender dificilmente vamos conseguir atingir esses valores, com algumas excepções.

Tem sido constante a descida do valor da habitação em Portugal e os bancos começaram também a avaliar muito abaixo dos valores que avaliavam há umas décadas atrás. Contudo em 2013 registou-se uma subida gradual nas avaliações das casas. De acordo com o Market Outlook de Fevereiro de 2014, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, em Maio de 2013 o valor médio da avaliação bancária a nível residencial era de 996 euros/m2, em Junho e Julho era de 1.014 euros/m2, em Setembro continuava no mesmo valor e em Outubro já era de 1.019 euros/m2. Uma ligeira subida mas que é um indicativo da recuperação e valorização das habitações.

Regiões de Lisboa e Algarve com os valores médios mais elevados

As regiões de Lisboa e Algarve são as que apresentaram os valores médios mais elevados, nomeadamente 1.229 euros/m2 e 1.298 euros/m2. Seguiram-se as regiões da Madeira e Açores com valores de 1.218 e 1.014 euros/m2 respectivamente. As regiões do Alentejo, Norte e Centro foram as que registaram as avaliações mais baixas, nomeadamente 906, 874 e 849 euros/m2.

Também o valor médio dos novos créditos concedidos para habitação subiu ligeiramente. Em Maio foi de 69.555 euros, em Julho já estava nos 75.487 euros, em Setembro 77.561 e em Outubro era de 76.179 euros. Números que demonstram que as casas começam aos poucos a valorizar.

A prestação média nos novos créditos à habitação também sofreu uma subida ligeira passando de 296 euros em Maio de 2013 para 322 em Outubro. Já o Spread médio manteve-se quase inalterado durante o período em análise, com ligeiras subidas e descidas ao longo dos meses sendo que em Maio era de 2,88% e em Setembro de 2,80%. O mesmo se verifica nas taxas de juro dos empréstimos concedidos, sendo que em Abril era de 3,20% e em Setembro de 3,14%.

Quanto ao crédito à habitação concedido em volume, o valor andou também pelos mesmos montantes, com subidas e descidos ao longo dos meses. Em Abril foi de 165 milhões de euros, em Junho de 158 milhões, em Julho de 185 milhões e em Setembro regressou aos 165 milhões de euros.

O último trimestre do ano foi também marcado por uma recuperação do mercado imobiliário no que diz respeito às transacções. Ainda são ligeiras subidas mas conseguem transmitir alguma confiança ao mercado.