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O The Resort Group é o “maior promotor em Cabo Verde”

24 de novembro de 2017

É o maior promotor em Cabo Verde e, também, depois do Estado, o maior empregador no país. O grupo inglês, com sede em Gibraltar, abriu recentemente escritório em Lisboa.

O ‘Diário Imobiliário’ ouviu David Dumble, Director de Vendas Internacional, que passou em Lisboa a caminho dos países escandinavos, mercado preferencial dos resorts que o grupo promove nas ilhas do Sal e da Boavista.

Criado em 2007 por Rob Jarrett e Phil Donlan, o The Resort Group (TRG) é, hoje, o maior investidor do turismo imobiliário em Cabo Verde. O grupo promoveu já naquele país africano três resorts na ilha do Sal: o Meliá Tortuga Beach Resort & SPA; o Meliá Dunas Beach Resort & Spa e o Meliá Llana Beach Hotel. Todos 5 estrelas e serviço “Tudo Incluído”. Globalmente, um investimento que ascende a 180 milhões de euros, incluíndo já o custo do arranque do White Sands na ilha da Boavista...

Mas os projectos na ilha do sal parece pertencerem já ao passado. Entretanto, o the Resort Group  PLC  está a promover e construir o  Hilton Praia ,na ilha de Santiago, na capital cabo-verdiana , um imóvel com 14 pisos, 201 quartos e  centro de negócios e lazer, centro de negócios com salas de reuniões, Centro fitness e SPA, piscinas interiores e exteriores, e que deverá estar concluído em 2018.

 

Ilha da Boavista: praia e sol, um paraíso na terra

A «menina dos olhos» do grupo britânico é, porém, a ilha da Boavista, aquela que o grupo considera com maior potencial turístico, dada a excelência das suas praias, com areais a perder de vista.

O grupo pretende promover aí 6 resorts 5 estrelas.  As obras do Meliá White Sands Hotel, o primeiro dos seis, já estão bastante avançadas, e o seu investimento global está orçado em cerca de 75 milhões de euros. Terá 835 unidades de alojamento. No entanto, o investimento nos seis resorts na ilha mais próxima do continente africano correspondem a um investimento na ordem dos 300 milhões de euros e a sua conclusão está prevista para 2023.

 

Porquê Cabo Verde? – perguntámos a David Dumble

O The Resort Group considera que este país africano tem um “elevado potencial”, tendo escolhido este destino para investir em resorts devido ao facto de ser bonito, seguro, estar bem posicionado em termos geográficos, ser de fácil acessibilidade, com voos diários de Inglaterra, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e dos países escandinavos, com boas infra-estruturas, ter praias únicas e as pessoas serem muito gentis.

 

Diz-nos que o potencial é enorme. Em que se baseia?

Basta dizer que as Canárias, que estão a uma hora de voo recebem anualmente 9 milhões de turistas e Cabo Verde apenas 650 mil. Desde o 2000, o turismo no país cresceu 115% e espera-se que duplique novamente, e as características do seu clima  permitem que a taxa de ocupação se situe sistematicamente entre 74% e 78% ao ano.

Não temos dúvidas que, nos próximos dez anos, Cabo Verde irá fazer “concorrência directa” a destinos como as Caraíbas e as Canárias, uma vez que Cabo Verde possui um clima tropical durante todo o ano, sem época baixa nem furacões, e com sol e praias que em nada ficam atrás às suas concorrentes.

 

O negócio baseia-se, pois, na promoção turística, com acesso a financiamento de investidores institucionais ou privados que alí desejam comprar uma segunda habitação…?

É assim. Os resorts são construídos pelo The Resort Group mas posteriormente são geridos por operadores turísticos e hoteleiros de prestígio internacional, de que destacamos o Meliá Hotels International, TUI Travel, Steigenberger and Resorts ou Hilton Worldwide. A procura suscita concorrência...

Basta dizer que, neste momento, para os 5 futuros resorts na ilha da Boavista estão em cima da mesa 11 cartas de intenção de cadeias hoteleiras internacionais para explorarem os novos resorts.

No Sal, 2300 unidades de alojamento de diferentes tipos -  apartamentos, moradias, etc – foram vendidas, na sua maioria, antes dos 3 resorts estarem concluídos.

 

Mas esses investidores são recompensados financeiramente…?

Naturalmente. E pensamos que o retorno é compensador. O Financiamento faz com os privados passem a ser «parceiros» no negócios, sendo-lhes garantido um rendimento de 12%/ano no período de construção; 7% nos 5 primeiros anos em que o resort está a operar; e 5% entre os 6º e os 15.º ano de abertura da unidade hoteleira.

 

A que preços são vendidas essas unidades de alojamento?

Depende das suas características. Nos resorts do Sal, onde vendemos 2.300 imóveis, as unidades foram vendidas entre os 90 e os 800 mil euros. No White Sands, em construção na Boavista, os preços de comercialização variam entre os 160 mil e os 300 mil euros. O Resort será explorado pela cadeia Meliá.

O segundo ‘resort’, na mesma linha de praia da ilha da Boavista, terá como parceiro estratégico na gestão o Hilton Worldwide e deverá estar terminado em Setembro de 2019, sendo que o terceiro ‘resort’ será explorado pelo Steigenberger and Resorts.

 

De que nacionalidades são os vossos «parceiros» investidores?

98% dos nossos clientes são de origem holandesa, francesa, polaca, checa e britânica.

O que torna tão apelativo este investimento é facto de os compradores poderem tornar-se proprietários e, simultaneamente, obterem um rendimento atractivo proveniente da gestão desse mesmo imóvel.

 

Os investidores iniciais, que adquiriram imóveis nos resorts  da ilha do Sal, voltaram a investir…? – Inquirimos.

Mais de 20% dos investidores que se associaram aos projectos do Resort Group em Cabo Verde voltaram a investir. O que prova que acreditaram no promotor e nos projectos em carteira ou em desenvolvimento.

 

A questão das ligações aéreas é estratégica para o desenvolvimento dos projectos…

Sem dúvida. E isso melhorou muitíssimo. Só do Reino Unido há 9 voos charters semanais directos. Lisboa tem uma excelente ligação directa ao Sal; e as ligações a outras cidades europeias estão a intensificar-se, assim como às Canárias.