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Arquitectura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os 20 finalistas do Prémio Aga Khan de Arquitectura 2019

6 de maio de 2019

Os 20 projectos finalistas do Prémio Aga Khan de Arquitetura 2019 foram já anunciados. Os finalistas (projectistas e entidades envolvidas na construção) concorrem a um prémio de 1 milhão de dólares (893 mil euros). Os 20 projectos estão localizados em 16 países de diversos continentes.

Os 20 finalistas foram escolhidos em Janeiro por um Grande Júri independente que analisou centenas de candidaturas. Os 20 projectos finalistas serão agora alvo de uma análise rigorosa por parte de uma equipa de especialistas que irão visitar e avaliar cada projecto presencialmente – informa a fundação Aga Khan, que esclarece: “para serem elegíveis como candidatos para o ciclo 2019 do Prémio, os projectos devem ter sido concluídos entre 1 de Janeiro de 2012 e 31 de Dezembro de 2017 e devem estar em funcionamento há pelo menos um ano”.

Os 20 projectos finalistas

Bahrain

Revitalização de Muharraq, oferece um testemunho acerca do comércio de pérolas na Península Arábica ao longo dos séculos, especialmente durante o século XIX, período em que o Bahrain prosperou.

Bangladesh

Projecto Arcadia de Educação, em Kanarchor Sul, uma estrutura anfíbia modular - que incorpora um espaço para um infantário, uma residência, uma creche e um centro de formação profissional - que está junto a uma zona ribeirinha que fica frequentemente inundada durante cinco meses todos os anos.

Tear Amber Denim, em Gazipur, um formato novo que combina a arquitectura residencial tradicional do Bangladesh com elementos contemporâneos num grande espaço aberto que aloja máquinas, uma sala de compras, um espaço para refeições, uma zona de oração e casas de banho.

China

O Courtyard House Plugin, em Pequim, um sistema modular pré-fabricado desenvolvido inicialmente como um protótipo a ser instalado em casas-pátio no tradicional bairro muçulmano de Dashilar, onde residem comunidades que não têm meios para proceder a renovações.

Djibouti

Aldeia SOS Crianças de Tadjourah, um projecto baseado numa medina tradicional e num esquema de ruas estreitas que maximiza a sombra e a ventilação, proporcionando abrigo aos mais vulneráveis da sociedade.

Etiópia

O Warka Water, um protótipo implementado pela primeira vez em Dorza, consiste numa elegante estrutura triangular feita de bambu local que inclui uma fina malha de poliéster que captura gotículas de alta humidade no ar.

Irão

Reabilitação da Rua Enghelab, em Teerão, engloba a reabilitação das fachadas de 114 edifícios existentes e a criação de um espaço cultural público entre o Teatro Nacional e a Ópera.

Indonésia

A Microbiblioteca de Taman Bima, em Bandung, tem por objectivo ajudar a combater as baixas taxas de alfabetização da Indonésia, adicionando uma microbiblioteca em cima de um palco pré-existente usado para eventos comunitários.

Residência AM, em Jacarta, um projecto inspirado pelas típicas casas de palafitas indonésias que favorecem a ventilação natural; as paredes são minimizadas e as janelas simplificadas para criar uma relação ininterrupta entre interior e exterior.

Líbano

A Escola Jarahieh, em Al-Marj, fornece instalações educacionais para crianças de 300 famílias de refugiados sírios, cria um centro para actividades comunitárias e oferece o único abrigo seguro no acampamento em caso de tempestade de neve ou terramoto.

Omã

Mercado de Peixe de Muttrah, em Mascata, que destaca as tradições de comércio e pesca da região, ao mesmo tempo que dá resposta à crescente indústria turística de Omã.

Palestina

O Museu Palestiniano, em Birzeit, ocupa uma colina escalonada com vista para o Mediterrâneo recebeu a certificação LEED Gold devido à sua construção sustentável.

Qatar

Museus Msheireb, em Doha, incorporam quatro casas pátio históricas que remontam ao início do século XX e que em conjunto constituem um elemento de desenvolvimento cultural do centro de Doha.

Federação Russa

Programa de Desenvolvimento de Espaços Públicos do Tartaristão, um programa que, até hoje, já melhorou 328 espaços públicos por todo o Tartaristão em áreas que vão desde grandes cidades a pequenas aldeias.

Senegal

Edifício de Conferências da Universidade Alioune Diop em Bambey, onde a escassez de recursos levou ao uso de estratégias bioclimáticas: um grande telhado duplo de cobertura e treliça que evita a radiação solar direta, mas permite que o ar flua através da estrutura.

Turquia

Renovação da Biblioteca Estatal de Beyazıt, em Istambul. A renovação de uma biblioteca do século XIX - instalada num edifício do século XVI - que exibe manuscritos raros e um património arquitetónico secular.

Uganda

O Dormitório Ashinaga em Nansana, Uganda. Uma escola residencial que prepara estudantes de excepção da África Subsaariana para ingressarem no ensino superior.

Emirados Árabes Unidos (EAU)

Concrete na Avenida Alserkal, no Dubai. O principal elemento de um antigo complexo industrial foi transformado num centro cultural.

Espaços Artísticos Al Mureijah, em Sharjah. A renovação de cinco edifícios em ruínas que ofereciam o cenário urbano e arquitectónico perfeito para um espaço de arte contemporânea.

Centro de Zonas Húmidas de Wasit, em Sharjah. Projecto que transforma um terreno baldio numa zona húmida e funciona como um catalisador para a biodiversidade e a educação ambiental.

O Grande Júri do Prémio 2019

Os nove membros do Grande Júri Mestre de 2019 são: Anthony Kwamé Appiah, um filósofo americano de origem ganesa; Meisa Batayneh, fundadora e arquitecta principal da Maisam Architects & Engineers; Sir David Chipperfield, cujo escritório construiu mais de 100 projectos para os sectores público e privado; Elizabeth Diller, parceira fundadora de um estúdio de design cuja actividade abrange os campos da arquitectura, do desempenho multimédia e média digital; Edhem Eldem, Professor de História na Universidade Boğaziçi (Istambul) e no Collège de France; Mona Fawaz, Professora de Estudos Urbanos e Planeamento no Instituto Issam Fares de Políticas Públicas da Universidade Americana de Beirute; Kareem Ibrahim, um arquitecto e investigador urbano egípcio que tem trabalhado intensivamente no Cairo Histórico; Ali M. Malkawi, Professor na Escola de Pós-Graduação em Design da Universidade de Harvard e director fundador do Centro de Harvard para Edifícios e Cidades Verdes; e Nondita Correa Mehrotra, arquitecta que trabalha na Índia e nos Estados Unidos e que é directora da Fundação Charles Correa.

O Prémio

O Prémio Aga Khan para a Arquitectura foi criado pela Fundação Aga Khan em 1977 para identificar e encorajar conceitos de construção “que correspondam com sucesso às necessidades e aspirações de comunidades nas quais exista uma presença significativa de muçulmanos”. O Prémio reconhece exemplos de excelência arquitectónica nos campos do design contemporâneo, habitação social, melhoria e desenvolvimento comunitário, preservação histórica, reutilização e conservação de espaços, assim como design paisagístico e melhoria do meio ambiente. Desde que foi lançado há 42 anos, já houve mais de 116 projectos agraciados com o prémio e mais de 9000 projectos de construção documentados.

Mais Informação aqui: https://www.akdn.org/pt/what-we-do/arquitetura