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Fotografia com Arte

 

 

 

 

 

A Casa da Ínsua em Penalva do Castelo

12 de agosto de 2019

A Casa da Ínsua é uma das casas nobres mais belas da Beira e foi fundada em meados do século XIV, por João de Albuquerque e Castro, que foi Alcaide-Mor de Sabugal, mas decidiu retirar-se para Penalva do Castelo. O Brasão da Casa da Ínsua ostenta as armas das famílias Albuquerque e Pereira. As Origens dos Albuquerques mergulham na Idade Média Peninsular e foram uma das mais importantes famílias nobres de Portugal, descendendo de uma linha bastarda do Rei D. Dinis e da qual fizeram parte nomes importantes na história portuguesa como, por exemplo, Afonso de Albuquerque, que foi vice-rei da Índia.

A gestão da propriedade da Ínsua passou de geração em geração pelo regime de morgadio, que define um vinculo de sucessão dos bens da família para o filho primogénito, sem que este os possa vender, embora possa e deva acrescentar património ao morgadio, com o objectivo de perpetuar os bens na linhagem da família. Mesmo depois de o regime de morgadio ter sido extinto, em 1863, no reinado de D. Luís I, a tradição manteve-se nas sucessivas gerações que administraram a Casa da Ínsua.

Há quatro séculos, no início da sua fundação, a quinta da Casa da Ínsua estava no auge da sua exploração e fervilhava de actividade. Aos nossos dias chegaram apenas algumas dessas actividades, como a produção de azeite, vinho, queijo, requeijão ou compotas. Mas, em tempos idos, a Ínsua produzia tudo o que uma casa senhorial necessitava para aqui se viver e mesmo para fornecer ao resto da povoação desde, por exemplo, o fabrico de pão, serralharia, carpintaria e chegando e ter a única fábrica de gelo da região. A Ínsua foi dos primeiros locais no país a ter energia eléctrica

Actualmente é um hotel de charme, situado muito perto de Penalva do Castelo.

Texto e fotografias: Jorge Maio