CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Sustentabilidade

 

 

Investigadores alertam para malefícios da iluminação intensiva

22 de dezembro de 2016

Um grupo de investigação internacional, que integra um docente do Politécnico do Porto, alertou hoje para malefícios da iluminação intensiva no ambiente e saúde, referindo o aumento de probabilidade de desenvolvimento de diabetes, obesidade e cancro (mama e próstata).

“A iluminação artificial, com muito relevo o LED branco, é potencialmente prejudicial para a saúde humana devido à componente azul muito pronunciada no seu espetro. O excesso de iluminação que existe é também perturbador dos ecossistemas, da fauna da flora. À escala global, a situação actual, revela-se extremamente preocupante”, afirmou o investigador Raul Lima, da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto.

Raul Lima, responsável pelas medições do brilho do céu que foram utilizadas para a classificação da Reserva de céu escuro Starlight Tourism Destination Dark Sky Alqueva - é um dos dois membros nacionais da Comissão de Gestão da Rede Europeia de Investigação COST ES1204 LoNNe (Loss of the Night Network), rede que terminou, recentemente, a sua actividade (2012-2016) com um conjunto de recomendações que visam consciencializar a sociedade civil dos benefícios de uma iluminação cuidada, com a temperatura de cor correta, e não excessiva.

Estas recomendações resumem-se a quatro ideias-chave: “evitar, tanto quanto possível, luz branca com comprimentos de onda abaixo dos 500 nanómetros; direccionar a luz para onde ela é efectivamente necessária; iluminação das ruas de forma tão uniforme quanto possível e com a intensidade mais baixa possível e adaptação da iluminação exterior a cada momento da noite”.

Lusa/DI