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Sustentabilidade

 

32% da energia tem de ser renovável até 2030

4 de julho de 2018

União Europeia estabelece a meta de 32% de contribuição de Energias Renováveis para 2030, um aumento significativo face ao valor inicialmente proposto pela Comissão Europeia de 27% e uma clara aposta no autoconsumo. 

A UE vê reconhecido o direito de não ser penalizado por custos de acesso à rede na componente da energia autoconsumida – as instituições europeias acabam de aprovar outros ambiciosos compromissos para o novo Regulamento relativo à Governação da União da Energia para 2030.

A APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis indica que o documento define directrizes vinculativas que sustentam e asseguram que os Estados Membros (EMs) colaborem de forma activa para atingir as metas das energias renováveis, da eficiência energética e da descarbonização, mostrando que a Europa pretende continuar a ser a referência mundial do sector.

Metas a atingir:

  • Os EMs devem garantir uma trajetória linear de penetração de energia renovável no seu mix para atingir a meta estabelecida até 2030, de acordo com a seguinte referência: 18% da meta cumprida até 2022, 43% até 2025 e 65% até 2027.
  • Os três pontos de referência são aplicados a nível nacional e europeu, sendo que as metas de 2020 são o ponto de partida dos EMs.
  • Até 31 de Dezembro de 2019, os EMs têm de apresentar o Plano Nacional final de Energia e Clima (PNEC) para um período de 10 anos, que deve ser revisto e actualizado ao fim de cinco anos.
  • template do PNEC é obrigatório e exige que os EMs incluam uma estratégia para o repotenciamento das centrais electroprodutoras antigas e flexibilidade para o sistema energético. Os EMs devem ainda apresentar uma avaliação dos investimentos necessários para assegurar o cumprimento da meta nacional proposta até 2030.
  • Se a contribuição global dos EMs não for suficiente para garantir a meta da UE, a lacuna será colmatada através de um conjunto de medidas adicionais que possam promover o desenvolvimento do setor renovável do EM não cumpridor, com base numa plataforma europeia de financiamento.

Foi também definida a meta para a eficiência energética – 32,5% face aos valores de 1990, mostrando a necessidade de uma actuação concertada não só no sector da electricidade, mas também no dos transportes e no aquecimento e arrefecimento.