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Retalho e Escritórios serão as estrelas do Imobiliário em 2018

10 de janeiro de 2018

Os segmentos de retalho e escritórios continuarão a ser as grandes estrelas em 2018, com os valores de yield a entrarem em terreno mais estável. Também o segmento de Development será uma das maiores tendências apontadas para 2018, muito virado para os segmentos residencial e de escritórios.

Trata-se da previsão de Pedro Rutkowski, CEO da Worx – Real Estate Consultant que "2017 encerra com chave-de-ouro e deixa antever para 2018 um ano igualmente forte, com muitas operações de montantes significativos a aguardarem o seu fecho no decorrer dos próximos meses".

O resonsável assegura ainda que "com volumes de liquidez que deverão permanecer elevados, o mercado português de investimento continuará a estar na rota dos principais fundos de investimento internacionais, continuando a competir em terreno vantajoso perante as suas congéneres europeias.

Ainda que com algumas ressalvas fruto de incertezas políticas e económicas de algumas potencias europeias, Portugal deverá continuar a confirmar o interesse dos playersinternacionais".

Segundo os dados divulgados pela consultora imobiliária Worx, o ano de 2017 foi um ano de superação e crescimento para o mercado imobiliário português. Os números alcançados deixaram claro o excelente período que Portugal atravessa, não só ao nível da sua recuperação económica, mas também pela expansão de actividade observada em diversos segmentos imobiliários. Do boom do turismo com repercussões em várias vertentes, ao sector residencial e à reabilitação urbana, o mercado português confirmou uma vez mais o seu lugar no cenário europeu e o Mercado de Investimento assim o comprova. Atingida a fasquia dos 1.9 mil milhões de euros, o mercado observou um aumento de aproximadamente 40% comparativamente ao ano 2016, quando se registaram transacções no montante global de 1.4 mil milhões de euros.

"Com os Fundos de Investimento a manterem o seu nível de atividade em terreno elevado, representando cerca de 62% do montante global de investimento, observámos igualmente que a maior fatia de investimento foi levada a cabo por investidores estrangeiros, que reuniram uma quota de 88%.

Uma das grandes tendências de 2017 foi, sem dúvida, o alargamento das nacionalidades, além-fronteiras europeias. Aos tradicionais peso-pesados vindos de Espanha, Reino Unido e Alemanha, juntaram-se este ano investidores oriundos da China e dos Estados Unidos", admite a consultora.

Os bons resultados estenderam-se igualmente ao mercado de ocupação, com um volume de absorção superior a 150.000 m2, valor que supera os números observados nos últimos 8 anos. Apesar do Mercado de Escritórios de Lisboa estar atualmente a acusar uma falta de oferta nova, tal não foi determinante para o nível de dinâmica sentida e que culminou num fecho de ano muito positivo para a generalidade das zonas de mercado.

O corredor Oeste com 36 000 m2 ocupados até ao final de Novembro de 2017, registou a melhor performance dos últimos 7 anos, revelando ter sido o destino de eleição para empresas com requisitos de áreas médias maiores e bons acessos à capital.

Os números mostram ainda que os segmentos de escritórios e retalho contabilizaram entre si mais de 70% do total de mercado e contaram com importantes operações, como foi, para o caso do segmento de escritórios, a venda do Portfolio Silcoge no valor de 130 milhões de euros, da venda do Edifício Entreposto por 65.5 milhões de euros e da venda do Edifício Guitarras ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social por 50 milhões de euros. Já no segmento de retalho, as maiores operações foram concluídas pela venda dos Centros Comerciais Fórum Coimbra e Fórum Viseu num total de 220 milhões de euros, ao consórcio GreenBay e Resilient, marcando a entrada de investidores oriundos da África do Sul no mercado de investimento português e pela venda do Vila do Conde Style Outlet por 130 milhões de euros à holandesa Via Outlet.

Mas foi o mercado Industrial&Logístico que arrecadou a maior operação do ano 2017, correspondente à venda de 16 activos da Logicor no valor de 260 milhões de euros à China Investment Corporation e exercendo influência no aumento de quota deste segmento (16%).