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Douro: Termas de Caldas de Moledo renascem do abandono

9 de outubro de 2019

A reabilitação das Termas de Caldas de Moledo, no Concelho de Peso da Régua, distrito de Vila Real, fechadas desde Junho de 2011, vai ter início do próximo ano. A intervenção tornou-se possível graças à constituição de um consórcio formado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal e as Câmaras da Régua e de Mesão Frio.

A ideia é criar "um consórcio” com a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), a Câmara Municipal do Peso da Régua e a Câmara Municipal de Mesão Frio e avançar com as obras de reabilitação das históricas Termas de Moledo no “início de 2020”, referiu à Lusa o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins.

Aquele responsável adiantou que o consórcio vai reflectir-se num investimento das duas autarquias, bem como da própria entidade turística, que vai concessionar o espaço, edifícios e as águas termais.

As obras de reabilitação no edifício das piscinas ficam a cargo da Câmara do Peso da Régua e as obras do edifício do balneário termal, que dista cerca de 50 metros das piscinas, vão ser da responsabilidade do município de Mesão Frio, acrescentou Luís Pedro Martins.

Construídas no séc. XIX, as termas foram marcadas pela extraordinária mulher que foi Dona Antónia Adelaide Ferreira, “A Ferreirinha”, cujo alvará de concessão lhe foi entregue, em 1895. Intimamente ligada ao património do Douro e do Vinho do Porto, Dona Antónia aí repousava e fazia tratamento termal. A água é hipertermal, ocre, com reacção alcalina, carbonatada, fluoretada, sódica e sulfúrica, com uma temperatura de 45 °C e pH de 9,3 e é particularmente aconselhadda para o combate ao reumatismo, dermatoses e doenças das vias respiratórias.

Segundo explicou o presidente da TPNP, as futuras termas vão ter não só um “conceito de spa saúde e bem-estar”, mas também um “carácter social”, podendo o serviço estar disponível para utilização dos utentes dos hotéis, casas de turismo rural e quintas de enoturismo, bem como da população em geral.

“Reabilitados estes edifícios e abertos à população, a nossa ideia é concessionar à actividade hoteleira outros espaços que temos no terreno e que têm uma localização privilegiada, ficando aí com capacidade para utilizar os equipamentos públicos”, declarou, frisando que a propriedade das Termas de Moledo “nunca deixará de ser da TPNP”.

O objectivo é dar vida a umas termas históricas, mas também acrescentar piscinas exteriores, com as águas a 40 graus centígrados, "indo ao encontro da tendência da saúde e bem-estar dos atuais spas”, declarou Luís Pedro Martins.