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Porto: Preços 'disparam' no mercado residencial

29 de junho de 2018

Entre 2013 e 2017, os valores médios de habitação na cidade do Porto valorizaram 32% com a zona ribeirinha a registar a evolução mais acentuada onde os preços duplicaram. 

De acordo com o primeiro estudo Marketbeat Porto, exclusivamente dedicada a esta região e analisa detalhadamente todos os setores imobiliários do Grande Porto, da imobiliária Cushman & Wakefield, o segmento residencial na cidade do Porto registou nos últimos 12 meses um acentuar da tendência de crescimento, com “um aumento significativo dos preços no último trimestre de 2017”.

O estudo revela que a Foz mantém-se como a zona residencial 'prime' da cidade, mas as freguesias do centro histórico têm assistido a uma forte valorização e a Avenida dos Aliados já se posiciona como um novo eixo de luxo na cidade do Porto. 

o Marketbeat Porto apurou ainda que o mercado imobiliário de escritórios foi o primeiro a reflectir a retoma do sector, “retratada pela correção excepcional da taxa de desemprego (19% em 2013 vs. 10,9% em 2017) e por um forte crescimento da procura por parte de ocupantes internacionais”.

Os números mostram que a absorção de espaços de escritório atingiu os 30 mil metros quadrados durante o primeiro trimestre deste ano, indicando que a “a oferta de escritórios no Grande Porto totaliza 1,45 milhões de metros quadrados”.

“A elevada exigência dos novos ocupantes incentivou a promoção e hoje a oferta futura de escritórios conhecida para o Grande Porto aproxima-se dos 150 mil metros quadrados, distribuídos por dez projetos”, revelou a consultora imobiliária.

Quanto ao segmento de retalho, a Área Metropolitana do Porto tem alguns dos projectos mais relevantes do país, com “uma oferta acumulada de 768 mil metros quadrados distribuída por 33 conjuntos comerciais”.

Relativamente ao comércio de rua verificou-se um crescimento significativo desde 2014, contando as zonas tradicionais da cidade - Baixa, Clérigos e Boavista – com o maior volume de oferta, mais de 180 mil metros quadrados. Desde 2015 até hoje são conhecidas 380 novas ocupações de retalho, com a cidade do Porto a captar mais de metade das operações e maioritariamente em comércio de rua.

O sector da restauração destaca-se como o mais activo, com 45% das aberturas a corresponderem a restaurantes ou cafés.

No que diz respeito ao mercado industrial, o Grande Porto conta com uma oferta superior à da Grande Lisboa, estimada em 13 milhões de metros quadrados, em que a localização 'prime' é o Eixo Maia / Via Norte, que representa 13% da oferta total, seguindo-se o Eixo Matosinhos / Vila do Conde, com 15% da oferta, que é beneficiado pelo maior dinamismo do Porto de Leixões e pela proximidade ao aeroporto, segundo o Marketbeat Porto.

O estudo destacou ainda o segmento do turismo na cidade do Porto, que “registou nos últimos anos um importante crescimento, com o aeroporto a registar entre 2004 e 2017 um crescimento de passageiros superior a 250%, tendo movimentado no último ano 10,8 milhões de passageiros”.

“Os indicadores de operação hoteleiros também revelam o bom momento do mercado […], entre 2013 e 2017 os preços das unidades hoteleiras da região subiram em média 55%”, afirmou a consultora imobiliária, com base nos dados da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

LUSA/DI