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Porto-Gaia: autarquia gaiense quer repensar ponte do Gólgota

18 de setembro de 2016

A Câmara de Vila Nova de Gaia defende no projecto de Reabilitação Urbana do Centro Histórico que seja repensada a ponte do Gólgota, uma ligação concebida e projectada  em 2003, que ligaria as Devesas e a zona da Boavista, no Porto.

O documento, que vai ser votado na reunião camarária amanhã, segunda-feira, refere que a proposta de construção daquela travessia do Douro “deve ser ponderada caso se entenda salvaguardar, tal como a conhecemos, a relação de identidade Gaia-Porto intimamente ligada à paisagem”.

A autarquia gaiense é de opinião que esta avaliação deve ser feita “no âmbito da implementação da solução pré-metro (linha G da Metro do Porto), para promoção de uma ligação directa entre a Boavista e as Devesas”.

A ponte do Gólgota, da autoria do professor António Adão da Fonseca e do arquitecto Álvaro Siza Vieira, foi pensada há mais de uma década para receber automóveis e a linha ocidental de metro do Porto (o projecto actual, suspenso pelo anterior Governo, é designado como linha do Campo Alegre), ligando Gaia e o Porto a montante da ponte da Arrábida.

 

210 milhões de euros, 85% dos quais são investimento privado

 

O projecto de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Vila Nova de Gaia, que vai ser submetido a uma discussão pública de 20 dias, aponta para um “valor global estimado de 210 milhões de euros”, dos quais 178,7 milhões de euros são de investimento privado.

O documento sugere que seja “igualmente ponderada a construção de uma nova travessia do rio Douro à cota inferior”, tendo em conta o atravessamento de fluxos urbanos e o descongestionamento da ponte Luiz I, mas também o uso que lhe poderá ser adstrito e sua delicada, mas estratégia, inserção, dado o espaço em que se insere”.

“Em suma, a opção pela construção de novas pontes deve ser repensada tendo em conta o real interesse e benefício que esses novos sistemas podem introduzir na(s) (duas) cidade(s)", acrescenta.

O documento da Câmara de Gaia prevê 11 intervenções estratégicas no centro histórico e, no plano da mobilidade, está prevista a definição de “novos meios mecânicos” de ligação entre a cota alta e a cota baixa daquela zona da cidade.

Atrair novos moradores ao centro histórico e promover “parcerias com os proprietários” para desenvolver “um projecto de intervenção próprio” para as ilhas [habitações operárias típicas do século XIX, na zona do Porto] são outras das vertentes do projeto de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Vila Nova de Gaia.

Lusa/DI