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Centro Santander Totta - Lisboa

 

 

 

 

 

Óscares do Imobiliário 2017: quem são os finalistas?

1 de março de 2017

O júri do ‘Prémio Nacional dos Imobiliário – Melhor Empreendimento do Ano 2017’, reuniu no passado dia 22 de Fevereiro e escolheu os projectos finalistas.

A votação recaiu nas categorias de Comércio, Escritórios, Habitação, Equipamentos Colectivos e Turismo, a par do prémio de Reabilitação Urbana. Os vencedores serão conhecidos no dia 17 de Abril na grande Gala dos ‘Óscares’ do Imobiliário que terá lugar no Palacete do Hotel Tivoli, em Lisboa, pelo final da tarde.

Integram o Júri do concurso destacados especialistas das diversas áreas do sector imobiliário: Almeida Guerra, que dirige a empresa Rockbuilding e é considerado um dos mais credenciados profissionais dos projectos e desenvolvimentos imobiliários; Paulo Silva, líder da consultora Aguirre Newman Portugal,com muitos anos na consultoria imobiliária; César Neto, presidente da Associação dos Industriais da Construção de Edifícios, ex-director do Belas Clube de Campo, administrador da Renascimóvel, empresa que exerce actividade no campo da reabilitação; Eduardo Abreu, perito nacional da indústria turística  e director da reputada empresa Neoturis.

Por fim, os arquitectos João Paciência e Regino Cruz, com origens e percursos absolutamente distintos, são dois ‘pesos pesados’ da arquitectura contemporânea portuguesa, com invejáveis curriculums dentro e fora do País.

 

21 Finalistas candidatos ao ‘Prémio Nacional do Imobiliário’ 

O ‘Prémio Nacional do Imobiliário – Melhor Empreendimento do Ano 2017’, concurso organizado pela MAGAZINE IMOBILIÁRIO, apurou 21 projectos Finalistas.

São empreendimentos situados em várias regiões do País e cujas inscrições foram feitas por promotores e investidores nacionais e estrangeiros. Esta fase da iniciativa é o resultado de um ano inteiro de trabalho e pesquisa sobre o que de melhor e mais válido se fez, em Portugal, neste domínio.

A realização desta iniciativa só é possível graças a um bom número de patrocinadores, apoios e parceiros. Desde logo, a Aguirre Newman, que continua a ser o Patrocinador Principal, mas também a Portugal Sotheby’s, a Renascimóvel, a Technal e a Bosch Eficiência Energética.

O Prémio Nacional do Imobiliário 2017 tem o apoio institucional da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário – CPCI; da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários – APPII; da Associação Lisbonense de Proprietários – ALP; e da Associação de Hotéis de Portugal – AHP.

 

 

CATEGORIA COMÉRCIO

 

Nova Arcada

Com a assinatura ‘O Nova Arcada é de Braga’, o centro comercial abriu ao público em Março de 2016.

No total possui 109 lojas de diferentes tipologias distribuídas por quatro pisos, das quais 17 lojas são de grande dimensão (com mais de 600 m2). Uma das principais âncoras é a loja IKEA, única na cidade de Braga e a segunda da região Norte.

Este centro oferece aos visitantes uma praça de restauração de última geração com cerca de 1.000 lugares sentados, possuindo uma zona de refeições exclusiva equipada para as refeições de bebés e crianças até aos três anos de idade.

Proporciona ainda aos seus visitantes duas esplanadas exteriores com vista panorâmica, 10 sitting áreas com 112 lugares sentados para momentos de descanso e descontração dos visitantes, 12 salas de cinema (com capacidade para 1.600 pessoas), 330 m2 de playground no piso da restauração para diversão dos mais pequenos e um ginásio com mais de 1.200 m2.

Com uma arquitectura arrojada e iluminação original, este é um projecto visionário de forma elíptica. Apresenta fachadas metalizadas num material original, remetendo no seu conjunto para uma estética de inspiração algo futurista.

Promotor: Cibergradual, Investimento Imobiliário, SA

Arquitecto: Sua Kay Arquitectos, SA

Construtor: Edivimeã – Sociedade de Construções, Lda.

Área Bruta de Construção: Acima do solo: 95.160 m2 - Abaixo do solo 68.466m2

 

 

CATEGORIA ESCRITÓRIOS

 

Castilho 24

O edifício Castilho 24, junto ao Marquês de Pombal e à Avenida da Liberdade, localiza-se numa das melhores zonas da cidade de Lisboa.

Com a intervenção neste edifício pretendeu-se uma ocupação mínima com cerca de 350 colaboradores, a sua grande maioria em open space, sendo o programa constituído essencialmente por escritórios, um centro de reuniões que também é um espaço para reflexão, partilha, conhecimento e inspiração, cafetaria e locais vários para inspiração, concentração e convívio. Espaços que são essenciais numa abordagem contemporânea ao trabalho.

Neste projecto há a salientar ainda, e de forma a quebrar a possível monotonia de imagem criada pelo elevado número de ocupantes, que foram dados tratamentos diferenciados às zonas de circulação e de permanência de pessoas. As zonas de circulação têm pavimentos e tectos com tons mais escuros, promovendo uma circulação com alguma calma; já as zonas de open space têm pavimentos mais claros e cores mais fortes nomeadamente nos tecidos a utilizar em biombos e outros, essenciais para a absorção acústica pretendida.

O Castilho 24 promove a interacção entre as pessoas mas não deixou de lado as preocupações de conforto, acústicas e de organização.

Promotor: Fundo de Pensões do Banco de Portugal

Arquitecto: José Serrano

Construtor: Constructora San José

Área Bruta de Construção: 10098m2

 

Centro Santander Totta

A solução proposta de integração do novo volume de ampliação do Centro Santander Totta com os edifícios já existentes procurou uma relação de equilíbrio e respeito pelo edificado já existente e pelo corredor verde.

Concebido segundo os valores de funcionalidade, proximidade e sustentabilidade, é composto por três blocos semi-enterrados em redor do imóvel já existente e que estão interligados internamente: um paralelo à Avenida Calouste Gulbenkian (bloco A), outro na fronteira com a ciclovia e virado para a Universidade Nova (bloco B) e um último que conjuga a construção em altura com a subterrânea (bloco C).

O bloco A é constituído por quatro pisos abaixo da cota do solo natural e o facto de o terreno ser desnivelado levou a que dos quatro pisos apenas três sejam visíveis. Nos três primeiros pisos deste bloco estão integrados os serviços, enquanto no quarto piso encontra-se um auditório para 252 pessoas, uma sala multiusos com 50 lugares e ainda as áreas técnicas. O bloco B possui quatro pisos abaixo do nível da cota do terreno natural e um piso acima. No piso localizado à superfície estão os serviços e áreas técnicas; no piso -2 um ginásio e um novo espaço de cafetaria/restauração com vista para um terreiro ajardinado; e os três pisos inferiores têm estacionamento e áreas técnicas. O bloco C possui dois pisos à superfície vocacionados para os serviços e um piso subterrâneo para áreas técnicas.

O impacte visual e a sustentabilidade ambiental foram a base da concepção de todo este projecto. Além das várias soluções eco-friendly e os sistemas de última geração de elevada eficiência e poupança energética, a opção de todas as novas construções terem coberturas ajardinadas permitiu a integração do novo edificado no corredor verde de Monsanto.

Promotor: Banco Santander Totta

Arquitecto: Frederico Valsassina Arquitectos

Construtor: Ferrovial Agroman

Área Bruta de Construção: 9 841,08m2

 

Sede da SG1 PORTUGAL

A sede da SG1 está localizada no Campus do Lumiar do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), em Lisboa.

O novo edifício parte da adaptação e remodelação de uma estrutura de betão existente, entretanto física e tecnologicamente obsoleta. Designado por ‘K3’, teve como ponto de partida a pré-existência de um volume rectangular com dois pisos, numa malha estrutural de pilares e lajes de betão, estas últimas fungiformes, também vulgarmente referidas como ‘lajes de cocos’.

Em termos de programa é constituído por três áreas distintas que correspondem aos diferentes pisos. O piso térreo integra o Centro de Inovação e Competitividade, que inclui também um auditório polivalente e áreas técnicas; o segundo piso agrega em open space a direcção e a equipa da GS1 Portugal; e o piso da cobertura corresponde à zona social com bar/cafetaria que se abre para uma área de terraço.

A destacar ainda, no exterior, os painéis de betão pré-fabricado que foram objecto de uma intervenção em baixo-relevo do artista plástico Alexandre Farto aka VHILS.

Promotor: GS1 Portugal

Arquitecto: Promontorio

Construtor: Tétris

Área Bruta de Construção: 1,750 m2

 

HABITAÇÃO

 

8 Building

O antigo edifício da Central Telefónica Interurbana de Lisboa pertencente aos CTT, projectado nos anos 40 do século XX pelo arquitecto Adelino Alves Nunes, deu lugar a um novo empreendimento habitacional de luxo na zona histórica de Lisboa, agora pela mão do arquitecto Manuel Aires Mateus.

Localizado num quarteirão inteiro, nas proximidades da Praça D. Luís I, Cais do Sodré e Praça da Ribeira, em Lisboa, teve a intervenção clara de conservar a imagem urbana e arquitectónica do edifício.

O 8 Building possui uma fachada reveladora de um edifício cheio de história, onde se destaca a sua imponente torre relógio, e o qual proporciona vistas únicas sobre o rio Tejo.

Os tons cinza nas fachadas, que até então eram rosa, dotaram este edifício de uma maior modernidade e sofisticação. A construção pautou-se pelo emprego de materiais e técnicas contemporâneas, de forma a atingir os melhores padrões de qualidade, segurança, fiabilidade e conforto.

Destinado à habitação, conta com apartamentos nas tipologias T0, T1, T2 e T3 que foram renovados com os mais altos padrões e acabamentos. O piso térreo é dedicado a espaços comerciais ou serviços dinamizadores da área urbana envolvente. Previsto está ainda um bar lounge no terraço que vai traduzir-se num novo ponto de lazer de referência na cidade de Lisboa e num novo miradouro sobre a Praça D. Luís.

Promotor: Habitat Vitae

Arquitecto: Manuel Aires Mateus

Construtor: DST

Área Bruta de Construção: 13.112 m2

 

Camões 40

CAMÕES 40 é parte do perímetro de uma das mais emblemáticas praças da cidade de Lisboa, um local atravessado diariamente por milhares de habitantes e visitantes.

No passado o edifício possuía uma utilização sobretudo comercial sendo a Joalharia Silva e a Papelaria Corbel as duas lojas mais importantes da Praça aqui situado. O mesmo sofreu diversas alterações ao longo do tempo que culminaram numa deformação estrutural, que provocou uma subversão da lógica construtiva Pombalina. Tal estava patente na destruição do cunhal do edifício, na eliminação dos arcos ao nível do piso térreo e na remoção de diversas paredes frontais, o que acelerou a deterioração generalizada, que associada ao abandono dos proprietários levaram o edificado ao seu limite.

O imóvel foi adquirido pela Coporgest S.A. em 2011 tendo a partir daí desenvolvido estudos para a sua salvaguarda que culminaram no projecto que foi desenvolvido.

A emblemática Joalharia Silva (classificada na categoria de Objectos Singulares e Lojas de referência Histórica e/ou Artística) com as suas inconfundíveis vitrinas foi preservada na intervenção.

A adulteração realizada nos anos 70 do século XX na fachada da Papelaria Corbel foi eliminada repondo-se a métrica original dos vãos e respectivos revestimentos.

Actualmente o edifício contém três pisos para fins comerciais (cave, r/chão e piso 1), os restantes pisos bem como o aproveitamento da cobertura destinam-se ao uso habitacional sob a actividade de Alojamento Local, tirando partido da sua implantação e vistas únicas para o património e vivência contemporânea da cidade de Lisboa.

Promotor: Coporgest, S.A.

Arquitecto: Nuno Pais Ministro

Construtor: Lucios

Área Bruta de Construção: 1.111,00 m2

 

Chiado 6

O Chiado 6 encontrava-se em estado de ruína eminente aquando da aquisição em 2012 pela Coporgest S.A., apresentando um programa repartido entre comércio no piso térreo, serviços no piso 1 e 2 e habitação nos restantes pisos, compondo cinco pisos acima do solo.

De acordo com o Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa, a construção do edifício está registada como tendo ocorrido entre 1883 e 1885. A afamada Barbearia Campos, a mais antiga da Europa ainda em funcionamento e que terá inaugurado no ano de 1886, foi das principais preocupações aquando da intervenção que o seu funcionamento e preservação fossem mantidos. Facto que se verifica ainda no presente.

A intervenção terminou em 2016 e completou o perfil de rua, recompôs o perímetro do emblemático Largo do Chiado e redesenhou o edifício em oito exclusivos apartamentos ao longo de quatro pisos incluindo a mansarda, com tipologias T1, T2 e T2 duplex, acrescidos de um espaço comercial classificado, a emblemática Barbearia Campos, e uma loja âncora que ocupa o piso -1, 0 e 1 completamente enquadrado na dinâmica fervilhante do Largo do Chiado.

Promotor: Coporgest, S.A.

Arquitecto: Nuno Pais Ministro

Construtor: UDRA

Área Bruta de Construção: 1.412,91m2

 

Flora Chiado Apartments

Localizado numa transversal à rua Garrett no Chiado, apesar de estreita, na frente do imóvel existe um terraço anexo à Basílica tipo claustro, afastando o plano de fachada do edifício oposto e permitindo desta forma a entrada de luz a partir do primeiro piso, tornando toda a frente do edifício bastante desafogada e soalheira.

A traça original pode-se classificar como um exemplar tradicional de arquitectura pombalina, tendo no núcleo da escada central uma guarda em tabique revestido a azulejos e um lance inicial em escadaria de pedra.

Como linha condutora da solução implementada optou-se pela preservação de todos os elementos arquitectónicos originais. Solução que se verificou difícil, uma vez que grande parte desses elementos já tinham sido demolidos e retirados do edifício. Para se ter uma noção desta tarefa ‘hercúlea’ basta referir que houve a necessidade de refazer cerca de 5.000 azulejos para se poder preservar a sua imagem.

Constituído por cinco apartamentos T1 e cinco apartamentos T2, dos quais três são duplex, o Flora Chiado Apartments assume-se como alojamento premium no coração da Lisboa histórica para estadas de curta e longa duração.

Promotor: VFArquitectos

Arquitecto: Ricardo Flora

Construtor: Obrivalor Engenharia e Construções Lda.

Área Bruta de Construção: 1750 m2

 

Grande Hotel

O edifício do Grande Hotel, localizado na Avenida Sabóia, no Monte Estoril, junto ao Jardim dos Passarinhos, foi alvo de reabilitação e ampliação com o intuito de proceder à sua reconversão em edifício de apartamentos.

O hotel original, com a designação de Grande Hotel Estrade (nome do seu promotor de origem francesa), foi inaugurado em 1898 e tinha então apenas dois pisos. Nos anos 30 do século XX o imóvel foi ampliado para quatro pisos e viu o seu nome alterado para Grande Hotel Monte Estoril. Posteriormente, nos anos 50/60, foi novamente ampliado para a sua configuração actual, com seis pisos de salas e quartos acima do solo e dois pisos de estruturas de apoio abaixo do solo.

Agora, as fracções foram integralmente destinadas à habitação. Trata-se de um conjunto de 15 fogos, complementados por um fogo de menor dimensão destinado ao apoio de serviços de portaria. Possui jardins privativos, zona de jardim com piscina, parqueamento automóvel, arrecadações e áreas técnicas e áreas complementares de apoio.

Apesar das sucessivas alterações e da actual reconversão, o Grande Hotel constitui um marco referencial arquitectónico do Monte do Estoril.

Promotor: Stone Capital

Arquitecto: ARX Arquitectos

Construtor: SanJose Construtora

Área Bruta de Construção: 5735 m2

 

Liberdade 238

O quarteirão onde está inserido o edifício Liberdade 238 é dos últimos onde se reconhece a escala e o detalhe característicos das fachadas da Avenida dos finais do século XIX.

Neste projecto, foi proposta a construção de um edifício de habitação com 24 apartamentos e tipologias que se consideraram adequadas ao local em que se insere. O corpo do edifício com entrada pela Avenida da Liberdade é ocupado com tipologias que variam entre o T1 e o T6, algumas das quais se desenvolvem em duplex, aproveitando as diferenças de alturas entre pisos que ligam à fachada principal. O outro corpo, com entrada pela Rua Rodrigues Sampaio, foi ocupado com apartamentos com áreas mais pequenas e maioritariamente T1.

Esta intervenção respeitou também o estabelecido no plano da Avenida da Liberdade no que se refere ao número de pisos em obras de ampliação, por isso aos quatro pisos existentes foram acrescentados dois. Foram ainda construídas três caves para estacionamento privado, que ocupam toda a área do lote.

O conceito de imagem desenvolvido para este edifício teve como princípio fundamental a recuperação da fachada sobre a Avenida e o enquadramento da Rodrigues Sampaio para a volumetria e desenho da nova fachada.

Promotor: Stone Capital

Arquitecto: Ana Costa Arquitectos

Construtor: Alves Ribeiro

Área Bruta de Construção: 7418 m2

 

Misericórdia 116

Localizado na Rua da Misericórdia 106 a 116 e Rua Nova da Trindade 17 e 17 A, na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, teve anteriormente o uso de comércio e serviços/escritórios tendo passado, agora, a espaço habitacional.

Construído em 1999, encontrava-se em propriedade horizontal e era constituído por 38 fracções autónomas: duas de comércio, três de escritórios e as restantes de estacionamento.

O projecto de alterações de arquitectura executado preconizou a alteração de seu uso, passando o mesmo de comércio e serviços-escritórios para habitação e comércio. Actualmente conta com seis T1, oito T2, três T3, um T4 Duplex, uma loja e 47 lugares de estacionamento.

A reformulação de todo o imóvel, bem como da sua imagem exterior, traduziu-se numa substancial melhoria para a zona onde se insere, dada a presença marcante que o mesmo possui devido à sua dimensão e elementos arquitectónicos exteriores.

Este é um edifício expectante onde a necessidade de um novo uso pulsava da envolvente, tendo sido devolvido ao bairro e à cidade, e onde a convivência demonstra ser perfeita. Aqui estimulam-se e criam-se novas memórias.

Promotor: Coporgest, S.A.

Arquitecto: Nuno Pais Ministro

Construtor: UDRA

Área Bruta de Construção: 4.958,24 m2

 

Park Avenue

Localizado no Bairro do Alto do Parque, nas Ruas Padre António Vieira (nº 26) e Rodrigo da Fonseca (nº 139), em Lisboa, o Park Avenue remonta ao final da década de 50 do século XX.

O edifício, originalmente de uso residencial e comercial, tem projecto de Faria da Costa, de 1958, e é portador de uma solução estrutural, métricas e alinhamentos interiores e exteriores, desenho de fachadas e detalhes construtivos, claramente avançados para a época.

Abandonado desde 2002 e em estado de degradação, foi sujeito a um profundo processo de reabilitação, confiado, em 2015, ao arquitecto Luís Casal Ribeiro.

O programa inclui tipologias do tipo T1, T2 e T3, tendo sido criadas salas com dimensões que permitem conviver, cozinhar e trabalhar em continuidade espacial, num modo de vida contemporâneo.

As antigas lojas no piso térreo, convertidas em habitações de tipologia T0/Loft, tiram partido das características da construção existente, organizados em duplex, com a área habitável localizada no piso térreo e as caves aproveitadas para instalações sanitárias e espaços polivalentes.

Um apontamento de ‘verde’ foi introduzido na esquina do imóvel, pisos 2 a 6, através da instalação de floreiras com espécies arbustivas seleccionadas, sendo este um novo elemento de referência na imagem do edifício reabilitado.

Promotor: Level Constellation

Arquitecto: Luís Casal Ribeiro

Construtor: Teixeira Duarte

Área Bruta de Construção: 3517,3 m2

 

Rua Nova da Trindade 6

Na Rua Nova da Trindade 6 localiza-se, a 50 metros do Chiado, o empreendimento com o mesmo nome, em pleno coração de Lisboa. O imóvel encontrava-se em muito mau estado de conservação, cujos registos de edificação constam em arquivo municipal com a data de 1900 e ampliações posteriores.

Foi adquirido em 2009 pela Coporgest S.A., apresentando-se à data da aquisição com duas unidades comerciais no piso térreo e seis pisos habitacionais, incluindo o sótão. A intervenção redesenhou o edifício em cinco apartamentos exclusivos ao longo de cinco pisos mais mansarda, com tipologias T1, T2 e T2 duplex, acrescidos de um espaço comercial no piso térreo.

Foi intenção do promotor a preservação do existente ou, quando tal não fosse possível, a sua reconstrução. Assim a intervenção estrutural respeitou a memória patrimonial, replicando conceitos estruturais, rodeando-os de processos, procedimentos e resultados construtivos sem descurar todas as necessidades legais e modo de habitar contemporâneo em pleno centro histórico lisboeta.

Foi igualmente mantida uma lápide colocada pela Câmara Municipal de Lisboa a 5 de Dezembro de 1941 para comemorar o tricentenário do primeiro periódico português ‘A Revista Militar’.

Promotor: Coporgest, S.A.

Arquitecto: Nuno Pais Ministro

Construtor: SPACOM

Área Bruta de Construção: 622,65 m2

  

EQUIPAMENTOS COLECTIVOS

Cine-Teatro Capitólio

O Concurso de Reabilitação do Capitólio definiu a reposição do edifício nas suas características de 1929. Para o efeito, teve de se proceder à supressão das obras que adaptaram o imóvel ao cinema sonoro, mas que o descaracterizou, e torná-lo na âncora de todo aquele ‘lugar de teatro’ que é o Parque Mayer.

A proposta a concurso pretendeu, assim, transformar o Capitólio, repondo a sua ‘grande sala’ e simultaneamente dotá-la de uma maior versatilidade compatível com as novas exigências da produção contemporânea de espectáculos.

Mau grado, a reabilitação trouxe a problemática do restauro dos edifícios do Modernismo, ou seja, a dicotomia entre conservar versus modernizar. Assim, a fachada Norte foi mantida na sua integridade e a fachada Poente, com a sua empena, levou a que a ampliação proposta representasse a possibilidade de estabelecer um grande ecrã em leds e uma nova boca de cena tardoz. Esta nova fachada representa um conceito comunicativo que possibilita a informação em directo ou a retransmissão de espectáculos, criando uma dinâmica interactiva.

A intenção da intervenção no Capitólio foi a de criar um edifício que, tal como na sua concepção original, procura conquistar a admiração do público pelo espectáculo e pelas inovações tecnológicas que propõe.

Promotor: Câmara Municipal de Lisboa

Arquitecto: Sousa Oliveira

Área Bruta de Construção: 4.330 m2 (aproximadamente)

 

Lenitudes Medical Center & Research

O Lenitudes Medical Center & Research, localizado em Santa Maria da Feira, procurou, desde o primeiro momento, uma relação de forte integração paisagística e ambiental no território com a manutenção da morfologia do terreno natural tanto quanto possível, e com a replantação de espécies arbóreas para integração na envolvente natural existente.

Todo o projecto foi estruturado por um eixo central que atravessa o terreno, ao longo do qual se estendem os diversos núcleos programáticos que compõem a Unidade - medicina nuclear, radioterapia, cirurgia, quimioterapia, consultas e investigação - e que dispõe de entradas independentes permitindo que funcionem de uma forma autónoma.

Este é um ‘Eco-Edifício’ que está totalmente integrado e construído pela Natureza e em que os seus principais componentes construtivos são naturais: a pedra e a relva. Assim, o eixo atravessa todo o terreno sem o desfragmentar, já que a cobertura é revestida com uma manta de relva que funciona como elemento atenuador da visibilidade de uma construção com 5636 m².

Esta é uma Unidade que pretende ser uma referência na área da Saúde e que tem como grande objectivo ser ‘um espaço de vida’.

Promotor: Lenitudes, SGPS, S.A.

Arquitecto: Carlos Sousa Pereira e Tiago Delgado

Construtor: Lucios - Engenharia e Construção

Área Bruta de Construção: 5669m2

 

Palácio do Raio

Também denominado ‘Casa do Raio’ ou ‘Casa do Mexicano’, o Palácio do Raio foi edificado, em 1752, por João Duarte de Faria, sob risco de André Soares da Silva e é um magnífico exemplo de arquitectura Barroca, no melhor estilo Joanino.

O edifício revelava intervenções pouco cuidadas, irreversíveis em alguns locais, apresentando-se no geral desfigurado e descaracterizado. Felizmente, nos locais mais nobres e ricos (fachadas, entrada principal, escadaria e salões do piso superior) a introdução de elementos estranhos (divisórias de estrutura leve, tectos falsos, cobrimento de frescos, etc.) pôde ainda ser reversível.

Sob a égide da Santa Casa da Misericórdia de Braga (SCMB), a intenção foi a de instalar no Palácio do Raio o Centro Interpretativo de Memórias da Misericórdia de Braga.

A proposta apresentada foi a de devolver as características morfológicas, espaciais e artísticas ao palácio e, simultaneamente, criar um espaço de exposição de todo o espólio artístico da SCMB que compreende um conjunto de objectos, de arte sacra, que vão do têxtil, à pintura, à escultura e talha, até à ourivesaria e prataria estando prevista a selecção e musealização de cerca de 330 peças.

Houve ainda uma valorização dos espaços verdes, percursos pedonais e um significativo contributo para a imagem urbana do conjunto.

Promotor: Santa Casa da Misericórdia de Braga

Arquitecto: Miguel Guedes arquitectos

Construtor: Anorte - Construção e Engenharia, Lda.

Área Bruta de Construção: 2.776,00 m²

 

TURISMO

 

Douro Royal Valley Hotel & Spa

Esta unidade hoteleira de cinco estrelas é também espaço de formação hoteleira. Inserida no vale do Douro, está localizada na conhecida propriedade da ‘Portela do Rio’, na margem direita da albufeira do Carrapatelo, no concelho de Baião.

O Douro Royal Valley Hotel & Spa possui 105 unidades de alojamento, 36 das quais se destinam a residência de estudantes, um restaurante, dois bares, duas piscinas, um spa, seis salas de reuniões, um campo de ténis e estacionamento para 125 automóveis. 

A paisagem natural circundante é caracterizada pela presença do rio Douro como elemento hidrológico principal e por uma bacia orográfica recortada, marcada por declives muito acentuados, pelo que desde o primeiro momento que este hotel/escola enfrentou vários desafios na sua edificação quer ao nível do terreno de topografia difícil, quer ao acrescentar espaços exteriores estáveis de vivência ao ar livre.

Todas essas ‘provas’ foram superadas e, hoje, o Douro Royal Valley Hotel & Spa proporciona um ambiente relaxante e acolhedor, rodeado pelas ancestrais vinhas da região do Douro classificada como Património Mundial da Humanidade.

Promotor: JASE Empreendimentos Turísticos Lda.

Arquitecto: Rui Castro

Construtor: Grupo ASC

Área Bruta de Construção: 13.462,000m2

 

Hotel Termal de Longroiva

O Hotel Termal de Longroiva, situado no concelho da Mêda, a Nordeste de Portugal, localiza-se no terreno das Termas de Longroiva, as quais remontam à ocupação romana, e desde então são reconhecidas pelo seu valor simbólico e terapêutico.

O antigo edifício das Termas, datado de final do século XIX, foi reabilitado, albergando agora 17 quartos nos pisos superiores e zonas de convívio no piso térreo.

Comunica com os novos volumes através de um passadiço, ligando o piso superior aos novos volumes. Os cinco novos módulos de quartos, semi-enterrados, alteram a sua orientação consoante a posição que ocupam no terreno. Estes módulos são intercalados por zonas de convívio com vista sobre a paisagem, momentos de descompressão e iluminação natural. Os volumes desaguam na zona da piscina e seus apoios, criando a ponte entre a nova unidade hoteleira e a estância termal, com ela comunicante.

Acima do nível dos quartos, encontra-se implantado o edifício de serviços e 10 bungalows, organizados em dois grupos separados por um maciço de pedra.

Esta unidade hoteleira articula, assim, modernidade e tradição, natural e construído. Esta forte relação visual com a paisagem onde se insere traduz-se também na escolha criteriosa de materiais e cores, invocando a vegetação da zona e os materiais tradicionais da construção local.

Promotor: Natura, SA

Arquitecto: Luís Rebelo de Andrade

Construtor: Civil Casa

Área Bruta de Construção: 4317 m2

 

Hotel Vincci Liberdade

Localizado na Rua Rosa Araújo 16, junto à Avenida da Liberdade, em Lisboa, o edifício integra o designado Hotel Vincci Liberdade. Esta unidade hoteleira de quatro estrelas está dotada de 83 quartos duplos e um espaço polivalente para encontros e reuniões. O alojamento conta também com um pátio interior tranquilo e agradável, alheado do ruído, onde é possível apreciar um cocktail.

O projecto de arquitectura contemplou a manutenção das fachadas, mantendo a sua riqueza original, e a ampliação de dois pisos acima dos existentes com uma abordagem contemporânea.

Nesta intervenção a compatibilização da reabilitação do imóvel com a conservação dos elementos arquitectónicos e construtivos, considerados de grande valor, conduziu a uma proposta em que a modernidade do espaço interior está patente na nobreza e qualidade dos acabamentos e na sua arquitectura, baseada numa filosofia de eficiência e optimização. 

O resultado é um espaço edificado único, intemporal e majestoso, que reúne o melhor da tradição e modernidade e cuja beleza arquitectónica e localização privilegiada convida a uma estada demorada nesta unidade hoteleira da capital.

Promotor: Cerquia, S.A.

Arquitecto: António Fernandez

Construtor: HCI - Construções, S.A.

Área Bruta de Construção: 5.825,43m2

 

Memmo Príncipe Real

Este que é o terceiro hotel do grupo memmo na categoria de cinco estrelas, insere-se nas traseiras da frente edificada da Rua D. Pedro V, no bairro trendy do Príncipe Real, em Lisboa.

Encaixado numa colina e desenhado em socalcos respeitando a estrutura topográfica existente, é uma obra de construção de raiz e ocupa o lugar de um antigo armazém.

Com uma área bruta de construção de 2.8000m2, o novo edifício tem quatro pisos em que um deles se esconde no embasamento que sustenta todo o corpo dos quartos e dos espaços sociais, dando a sensação de que está a flutuar.

O piso zero engloba as zonas comuns como o lobby e o restaurante, onde a separação dos espaços faz-se através dos elementos circulares em ripado de madeira cujo interior decorrem os serviços de apoio aos espaços públicos, sendo maioritariamente envidraçado no sentido de realçar o efeito da não construção e permitir um maior contacto com o exterior.

Os 41 quartos distribuem-se entre os dois pisos superiores que perfazem o volume visível e o piso -1 cuja cobertura constitui o terraço do piso zero. O serviço do hotel incluem piscina aquecida, terraço exposto para a colina e o restaurante ‘Café Colonial’.

O acesso ao hotel é feito através de uma estreita passagem, um pequeno túnel, que leva os hóspedes a um secreto miradouro com vistas panorâmicas deslumbrantes sobre a cidade.

Promotor: memmo Hoteis

Arquitecto: Samuel Torres de Carvalho

Construtor: Ferreira Build Power

Área Bruta de Construção: 2 238,64 m2

 

Stroganov Hotel

A decoradora moscovita Marina Kartashova, depois de procurar em outros países da Europa e noutras regiões de Portugal, encontrou na aldeia de Fiais da Beira, em Oliveira do Hospital, um elegante palacete datado de 1898 que a inspirou a realizar o sonho de abrir um luxuoso hotel em espaço rural.

A propriedade, com uma área total de 4.889,00 m² e possuidora de uma envolvência granítica deslumbrante, foi cautelosamente alvo de um processo quase cirúrgico de reconstrução, ampliação e adaptação a novas funções.

O Hotel Stroganov é dedicado a uma das uniões mais incomuns e brilhantes do século XIX, o casamento entre um famoso diplomata e filantropo russo, Conde Grigory Stroganov, e a filha de um poeta português e da condessa de Alorna, a Condessa Juliana d’Oyengauzen.

Cada um dos sumptuosos 12 quartos conta um episódio da sua história de amor, sendo que a maioria dos quartos foram concebidos e decorados ao estilo das mansões russas do século XIX e outros segundo o espírito português da mesma época.

O espaço está ainda dotado do Stroganov Wellness & Spa, piscina aquecida, Sala de Jogos, Sala Chinesa para relaxar, Pavilhão de Eventos e o Restaurante Chaminé Russa.

No piso 3 existe um grande terraço que permite a contemplação dos jardins e dos seus percursos pedonais, assim como da paisagem natural das serras da Estrela e do Caramulo.

Promotor: Rubra Estrela Unipessoal, Lda.

Arquitecto: Irina Samarina / M.A.S.P. Arquitectura

Construtor: Bogas Construções, Pirales Lda

Área Bruta de Construção: 2229 m2