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Marinha Grande: 'resort' com madeira ardida do Pinhal de Leiria

19 de novembro de 2017

A construção de um empreendimento turístico com madeira queimada do Pinhal de Leiria é uma das medidas em equação para compensar os incêndios de 15 e 16 de Outubro, revelou a presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande.

"Das reuniões com os secretários de Estado da Floresta e do Turismo, ficou a ideia de acoplar [ao Parque do Engenho] um empreendimento turístico, [construído] com as madeiras retiradas da mata, como marca do que tínhamos, para ficarem estas madeiras como símbolo do futuro", disse Cidália Ferreira, durante o debate "Reerguer das cinzas o Pinhal do Rei", promovido pela Câmara e Assembleia Municipal.

A ideia integra o pacote de incentivos apresentados pela autarquia ao Governo, e que contempla a criação do Museu da Floresta no Parque do Engenho, aproveitamento das casas dos guardas na mata e pontos de vigia para fins turísticos.

A presidente da Câmara avançou ainda que pretende "a criação de um observatório ambiental" e o regresso dos Serviços Florestais à Marinha Grande.

"A Marinha Grande deu anualmente ao nosso país, a todas as regiões, mais de um milhão de euros. Chegou a hora de o nosso país contribuir com a Marinha Grande", disse a autarca, lembrando que depois do incêndio que consumiu 86% do Pinhal de Leiria "avizinham-se vários problemas acrescidos para resolver".

Segundo um especialista da área florestal da região, “O Pinhal de Leiria só terá árvores como tinha "dentro de 75 anos" e para render como até este ano "será preciso esperar 150 anos. Nunca mais vamos ver o Pinhal de Leiria como o conhecíamos".

"Acredito que a CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro] tenha um contributo especial para a resolução do nosso problema", disse ainda.

Lusa/DI