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Investimento estrangeiro representou 75% do volume transaccionado em imobiliário comercial em Portugal

4 de janeiro de 2021

No ano de 2020, o investimento estrangeiro manteve o domínio do mercado português (75% do volume transaccionado),  em imobiliário comercial, no entanto, o capital nacional manteve uma trajectória positiva, aumentando em 40% o volume investido.

De acordo com os resultados apresentados hoje pela consultora Cushman & Wakefield (C&W), o ano que terminou, e apesar do abrandamento da actividade de investimento imobiliário comercial, o volume de fecho estimado situou-se perto dos 2.800 milhões de euros, o terceiro máximo histórico em Portugal, numa quebra homóloga de somente 14% face a 2019, e em linha com outros mercados europeus. Também acompanhando a tendência internacional, para este resultado contribuíram algumas operações de grande dimensão, cujo top 3 foi responsável por metade do volume total transaccionado.

Relativament ao capital estrangeiro, a sua grande maioria teve origem na Europa, com destaque para os investidores alemães (555 milhões de euros) e ingleses (516 milhões). Por seu lado, o capital nacional aumentou o volume investido em 40% para os 720 milhões.

Influenciado pela maior transacção desde que há registo – aquisição de 50% da joint-venture Sierra Prime pela Allianz Real Estate e Elo à Sonae Sierra e APG, por cerca de 800 milhões de euros (Valor dos quatro activos em Portugal, de um total de seis centros comerciais) – o sector de retalho liderou a procura, atraindo 40% do total investido, aproximadamente 1.120 milhões de euros. Seguiu-se o sector de escritórios, com 35% do volume total, perto de 970 milhões. As principais transacções neste sector corresponderam à compra do Lagoas Park pela Henderson Park Capital Partners à Kildare Partners por 421 milhões de euros e do portfólio PREOF pela Cerberus à Finsolutia por um valor estimado em 150-170 milhões de euros. O sector hoteleiro captou 18% do capital investido, num total de 490 milhões, em muito influenciado pela compra do portfólio dos hotéis Real por parte da Palm Invest.

No que respeita à actividade de promoção e reabilitação urbana (aquisições de edifícios para reabilitação ou terrenos para promoção), o relatório da C&W estima que em 2020 tenha registado uma quebra acima dos 60%, com um volume alocado a este tipo de operações abaixo dos 500 milhões. Entre as operações de maior dimensão, destacam-se a venda do projecto residencial The Keys na Quinta do Lago (Almancil) por 95 milhões pela massa insolvente à SPX International Asset Management, e do projeto misto da Herdade dos Pinheirinhos em Melides (Grândola) por 80 milhões de euros pelo Novo Banco à Vic Properties.

Segundo Eric van Leuven, director-geral da consultora em Portugal, “2020 foi um ano desafiante para o imobiliário nacional, ainda assim, no mercado de investimento imobiliário comercial, estima-se que terão sido transacionados cerca de 2.800 milhões de euros, o terceiro maior volume de sempre em Portugal. Já o mercado ocupacional revelou uma procura díspar.” Quanto à actividade da Cushman & Wakefield em Portugal, "obtivemos um resultado muito positivo, tendo em conta os imensos desafios que enfrentámos – apenas ligeiramente inferior aos de 2018 e 2019, que foram os melhores de sempre. Todos os departamentos registaram bons níveis de facturação e fomos, uma vez mais, distinguidos como a melhor consultora imobiliária em Portugal, atribuído pela prestigiada publicação internacional Euromoney, em conjunto com a atribuição dos prémios de melhor consultora nacional a nível de transacções, avaliações imobiliárias e research”, salienta Eric van Leuven