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Investimento em construção abaixo de todas as estimativas

3 de setembro de 2016

O investimento em construção no primeiro semestre diminuiu 4,4% em termos homólogos, um resultado muito abaixo de todas as estimativas, a pior desde o primeiro semestre de 2014. 

Segundo a CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, os dados revelados pelo INE, relativos à evolução do PIB português na primeira metade do corrente ano, conseguiram surpreender pela negativa, ao apresentar uma evolução muito negativa do investimento (2,4%), com especial relevo para o investimento em construção. 

A Confederação recorda que o Governo inscreveu, no Orçamento de Estado para 2016, uma previsão de crescimento de 4,8% para o investimento e, neste momento, o investimento em construção, responsável por cerca de metade daquele, regista uma variação que se situa uns impressionantes 9,2 pontos percentuais afastado daquela meta.

"Estes números são um alerta preocupante que não podem deixar ninguém indiferente, em especial o Governo, que tem demonstrado preocupação com a situação do sector, mas que precisa de acelerar a implementação das soluções que, em conjunto com a Confederação, reconheceu ser necessário concretizar", revela Reis Campos, Presidente da CPCI.

O responsável aponta também para a "extrema necessidade de promover a confiança dos investidores e tirar partido de condições únicas do nosso país para atrair o investimento externo que é essencial para que possamos crescer e criar emprego. O imobiliário tem liderado este processo e, só no ano passado, foi responsável por atrair mais de 3,3 mil milhões de euros provenientes do exterior, que foram aplicados na aquisição de imóveis habitacionais, de edifícios ligados ao comércio, ao turismo e à indústria, entre outros, e que foram responsáveis por uma grande dinamização das economias locais e da reabilitação urbana".

Reis Campos reitera ainda a necessidade de "maximizar as oportunidades de captação dos fundos comunitários, executando o Portugal 2020, sem esquecer compromissos assumidos, como a concretização do PETI – Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas, do IFFRU – Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbana, do Reabilitar para Arrendar, do FNRE – Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, objeto recentemente de uma Resolução do Conselho de Ministros, mas também tirando o devido partido do Plano Juncker, com projectos emblemáticos, como a Casa Eficiente, que contará com a nossa colaboração, e deverá ser um exemplo da capacidade do nosso país em desenvolver iniciativas relevantes para a economia e para o emprego".