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Internacional

 

 

Macau: preço médio do m2 da habitação sobe 31%

17 de novembro de 2017

O preço médio do metro quadrado das casas em Macau atingiu 117.360 patacas (12.371 euros) em Outubro, mais 31% que o registado no mesmo mês do ano passado, indicam dados oficiais.

Segundo estatísticas publicadas no portal da Direcção dos Serviços de Finanças, ao mesmo tempo que os preços subiram em termos anuais homólogos, o número de fracções transacionadas desceu: venderam-se 930 casas, menos 20% que em Outubro de 2016.

Das três áreas de Macau, a Taipa era a mais cara em Outubro e onde se verificou o maior aumento de preços em termos anuais, de acordo com os mesmos dados respeitantes às transacções de imóveis destinados a habitação que foram declaradas para liquidação do imposto de selo.

Nesta zona, o preço médio do metro quadrado fixou-se em 134.747 patacas (14.209 euros), mais 55% que no mesmo mês do ano passado.

Esta foi também a zona onde se verificou um maior aumento no número de transações de imóveis: de 206 vendidos em Outubro de 2016, passou-se para 287 este ano, ou seja, mais 39%.

A segunda zona mais cara de Macau era a ilha de Coloane, onde o metro quadrado custava em média 122.869 patacas (12.957 euros), registando uma ligeira diminuição de preço em relação ao ano passado, de 2%.

Apesar de os preços em Coloane se terem mantido estáveis, verificou-se uma acentuada descida no número de fracções transaccionadas: de 231 para 14, ou seja, menos 94%.

A península de Macau foi a zona que, em Outubro, registou os preços médios mais baixos (104.524 patacas ou 11.022 euros, mais 28%) e também onde se venderam mais casas, 629, apesar de uma queda anual de 13% nas transacções.

Desde a liberalização de facto do jogo, ocorrida em 2004, com a abertura do primeiro casino fora do universo do magnata Stanley Ho, o sector imobiliário tem estado praticamente sempre em alta.

Os preços caíram em 2015, um cenário apontado então como um efeito colateral da queda das receitas do jogo - o principal pilar da economia de Macau - que teve início em Junho de 2014 e durou quase dois anos, terminando em Agosto do ano passado.

Desde então, os preços das casas foram registando flutuações, mas desde outubro de 2016 têm-se verificado subidas em termos anuais homólogos.

Os elevados preços praticados no mercado imobiliário, tanto na aquisição como no arrendamento, são um dos principais motivos de descontentamento da classe média de Macau.

Lusa/DI