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Cuba: muitos novos hotéis em 2017

20 de fevereiro de 2017

Não obstante os tempos de incerteza, agravados pela gestão truculenta da nova administração norte-americana, o turismo em Cuba continua a ser a aposta das autoridades. Anunciam-se para este ano e para os próximos a inauguração de muitos e novos hotéis um pouco por toda a ilha.

O ministério do Turismo cubano apontou a meta de 110.000 novos quartos até 2030, o que corresponde a um crescimento de 146% face à oferta actualmente existente (75.000, dos quais 63 mil pertencem ao sector público).

Em 2016, Cuba recebeu a visita de 4 milhões de turistas ( a vizinha República Dominicana recebeu 6 milhões de turistas), o que é um número recorde e não deixa já de ser influenciado pela abertura do mercado norte-americano após o restabelecimento de relações diplomáticas promovido pelo anterior presidente Barak Obama. Face a 2015, o crescimento foi de 13%, tendo sido os norte-americanos já o terceiro grupo mais importante a visitar a ilha, depois dos canadianos e dos cubanos residentes no estrangeiro. Os dados oficiais do 1.º semestre de 2016 revelavam que, naquele período, foram 137 mil os norte-americanos a visitar Cuba, o que representou um aumento de 80% em relação ao período homólogo do ano anterior.

Desde o desaparecimento do bloco soviético, o turismo passou a ser a aposta estratégica do regime em termos de desenvolvimento económico, a forma de recolher divisas estrangeiras que lhe possibilitem a difícil gestão do bloqueio económico imposto pelos EUA há décadas e cujo fim aparentemente se desvaneceu após a chegada à Casa Branca de Donald Trump.

O governo cubano, não obstante as suas dificuldades orçamentais, pretende modernizar o seu património hoteleiro, em grande parte inserido nos activos do Grupo Gaviota, ligado aos sectores militares.

 

O “Four Seasons” administrado pela cadeia Sheraton marca uma viragem

Na recente normalização de relações diplomáticas com os EUA, durante a administração Obama, a abertura em Junho de 2016 do “Four Seasons” by Sheraton marca um ponto de viragem na hotelaria cubana com o seu vizinho americano, já que a Starwwod passou a ser a primeira cadeira norte-americana a administrar uma unidade hoteleira em Cuba desde o triunfo da revolução em 1959. Além do Four Seasons, a Starwwod anuncia já a abertura da sua nova unidade luxo, o carismático Hotel Inglaterra, de 83 quartos, frente ao Parque Central de Havana, também propriedade do Grupo Gaviota.

Para além do marco histórico que constituiu a entrada da cadeia Starwood - hoje adquirida pela Marriott, fusão que gerou a maior cadeia hoteleira do mundo -, outro também importante se anuncia: a abertura do Grand Hotel Manzana Kempinski que irá abrir o seu primeiro hotel de grande luxo em Cuba ainda este ano. O Gran Hotel Manzana Kempinski La Habana, da mais antiga e prestigiada cadeia hoteleira de luxo europeia,  terá 246 quartos e suites e está localizado no histórico edifício Manzana de Gómez, no coração de Havana Velha – Património Mundial da UNESCO. O hotel ocupa um antigo edificio comercial inaugurado en 1917 que pertenceu até 1959 à família, Gómez Mena, uma das mais ricas da ilha.

 

Iberostar em grande crescimento em 2017

Na capital, Havana, outros hotéis irão abrir ao longo de 2017. A Iberostar anuncia a abertura do Iberostar Riviera, com 352 quartos e localização privilegiada no Malecón da capital cubana - um 5 estrelas da categoria Premium Gold da cadeia – que irá preservar a arquitectura original do edifício que remonta a 1957. E também o Iberostar Grand Hotel Packard, um hotel de luxo com 261 quartos, situado no Paseo Prado, no casco histórico, que recupera as fachadas do velho hotel inaugurado em 1920.

Para Cuba, a cadeia hoteleira de Palma de Maiorca anunciou ainda a abertura próxima de outras 4 unidades: o Iberostar Casa Grande, o Iberostar Imperial e o Iberostar Gran Hotel, todos em Santiago de Cuba - a segunda maior cidade da ilha – e ainda o Iberostar Colonial em Cayo Coco.

Accor chega a La Habana

Outro hotel de luxo que irá ser inaugurado na capital cubana, este seguramente só em 2018, é o Hotel El Prado y Neptuno – uma unidade que terá 218 quartos e será administrado pela cadeia francesa Accor com a marca Sofitel.

Para além da Iberostar, as cadeias espanholas estão particularmente activas no mercado, casos da Barceló, Meliá e Globalia. O grupo Meliá é, de resto, o grande esteio da hotelaria espanhola em Cuba com uma presença e colaboração com as autoridades de Cuba que perdura há mais de 27 anos e onde explora e administra 27 hotéis e resorts, que são propriedade do Grupo Hotelero Gran Caribe, do Grupo de Turismo Gaviota S.A. e da Corporación de Comercio y Turismo Internacional Cubanacán S.A, três grupos hoteleiros do Estado cubano. Com 27 unidades em exploração, a Meliá prevê aumentar a sua presença em Cuba nos próximos años, onde tem em construção e espera inaugurar em 2018, o Meliá Internacional de Varadero (1.174 quartos), e o Meliá Trinidad (400 quartos).

 

Outros novos hotéis que irão abrir em Cuba em 2017

Dhawa Cayo Santa Maria – primeira das quatro aberturas previstas para Cuba pelo grupo Banyan Tree, de Singapura, o primeiro grupo asiático a implantar-se no país. Terá 516 quartos, 28 dos quais são suites. 

Angsana Cayo Santa Maria Cuba – Deverá abrir as suas portas em Dezembro de 2017. Será explorado pelo grupo Banyan Tree, com a marca Angsana. Terá 220 quartos.

Sercotel Cayo Santa Maria – Hotel de 4 estrelas da cadeia espanhola Sercotel Hoteles. Contará com 660 quartos, um restaurante, uma sala de fitness e duas piscinas. A sua abertura está prevista para Abril 2017.

Grand Muthu Cayo Guillermo – trata-se de uma unidade hoteleira de gama alta que está a ser construída na zona da cidade de Holguín, concretamenta na zona do farol de Punta Rasa. Será explrado pelo grupo MGM Muthus Hotels, devendo ser inaugurado ainda este ano.