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Governo vai lançar concurso para adquisição de 117 novas automotoras eléctricas

16 de julho de 2021

O Governo aprovou ontem um concurso para a aquisição de 117 novas automotoras eléctricas pela CP, num valor de 819 milhões de euros, a "maior compra da história" da operadora, disse o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

O Governo espera que o primeiro comboio chegue em 2026 e que a totalidade das composições esteja em circulação em 2029.

De acordo com Pedro Nuno Santos, o executivo pretende lançar o concurso este ano e adjudicar o contrato em 2022. "Teremos sempre cerca de três anos e meio a quatro anos para o primeiro comboio ser entregue", disse, explicando que, assim, a primeira composição deverá chegar em 2026 e "a uma cadência de três por mês" o processo deverá estar concluído até 2029.

Os comboios serão direccionados às zonas urbanas e ao serviço regional, com o governante a realçar que se soma a estas composição a calendarização do financiamento da compra de mais 22 comboios já previstos e adjudicados aos suíços da Stadler.

O ministro adiantou que o objectivo deste concurso é "substituir material obsoleto e dar resposta à procura presente que hoje já coloca uma grande pressão da procura" e deu o exemplo da linha de Cascais, "com comboios, nalguns casos, com 70 anos".

 

Centro de Competências Ferroviário

O Governo aprovou ainda a criação de um centro de competências onde se fará investigação e formação na área da ferrovia, em Guifões, Matosinhos, perto das oficinas da CP - Comboios de Portugal.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, fica assim autorizada a implementação da Associação Centro de Competências Ferroviário, sem fins lucrativos, que integra a CP — Comboios de Portugal, a Infraestruturas de Portugal, o Metropolitano de Lisboa, o Metro do Porto e o IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inovação.

Pedro Nuno Santos explicou que, a par do grande investimento na compra de comboios, o Governo acredita que era preciso "aliar a esta aquisição a uma estratégia industrial".

"Já que vamos fazer um elevado investimento na aquisição de comboios", o executivo quer que este "tenha consequências na indústria nacional".

Por isso, o caderno de encargos deste concurso tem como objectivo "garantir que uma parte considerável da produção de comboios fornecidos a Portugal tenham incorporação nacional", adiantou o ministro.

"Todos os países europeus estão a investir na infraestrutura ferroviária e no material circulante e queremos que Portugal possa participar neste importante sector económico", referiu Pedro Nuno Santos.

Lusa/DI