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Mercado de escritórios de Lisboa abranda na recta final de 2016

28 de dezembro de 2016

O mercado de escritórios de Lisboa, entre os meses de Janeiro e Novembro de 2016, revela uma diminuição no valor de absorção na ordem dos 11%, face ao período homólogo de 2015.

De acordo com a análise realizada pela consultora WORX, o valor total de absorção acumulado entre os meses de Janeiro e Novembro de 2016 fixou-se nos 117.000 m2, com a zona 2 (CBD) e a zona 3 (zona emergente) a registarem os volumes de absorção mais elevados.

Segundo o relatório, a zona 3 registou um aumento muito significativo, face ao período homólogo de 2015, sendo que o valor transaccionado superou os 26.600 m2. É de referir que foram registadas duas operações de arrendamento com uma ABL superior a 5.000 m2, tendo sido as principais responsáveis pelo bom resultado alcançado nesta zona do mercado.

Actualmente, a vacancy rate situa-se nos 10%, com a zona 6 (Corredor Oeste) a representar a maior área de oferta disponível (44%) seguida da zona 2 (CBD) com 20%. Já a zona 5 (Parque das Nações) apresenta a menor área de oferta disponível.

Pedro Salema Garção, responsável de Agency da consultora imobiliária salienta que "em cada um dos casos, encontramos explicações diferentes para a sua evolução. Atualmente há uma procura pela concentração em localizações favoráveis, sendo o centro de Lisboa o foco. No que se refere ao Parque das Nações, esta continua a ser uma área saturada, no sentido em que as características da oferta existente não respondem aos parâmetros da procura registada".

Em termos de operações por zona, houve uma diminuição acentuada nas zonas 5 (Parque das Nações) e 6 (Corredor Oeste), "justificada em parte, pela escassez de oferta", acrescenta Pedro Salema Garção.

Entre Janeiro e Novembro de 2016, foram realizadas 173 operações no mercado, sendo que as empresas de serviços representam 47 das transações, seguindo-se TMT’s & Utilities com 33 operações e outros serviços com 28. A mudança de edifício foi o principal motivo de novas procuras, seguida da expansão de área.

O valor da renda prime situado nos 18,50 euros/m2/mês, assim como a renda média situada nos 15,19 euros/m2/mês não registaram comportamentos oscilantes face ao período homólogo de 2015.

No final do período do 3º trimestre de 2016, observamos que o valor da renda prime tem mantido a estabilidade, mas que poderá haver margem para uma futura pressão nas rendas, devido ao volume escasso de oferta de qualidade. Este facto vem igualmente acentuar a necessidade de investimento em novos espaços que elevem o dinamismo do segmento de escritórios.

Pedro Salema Garção conclui que "apesar de uma previsão de um take-up inferior a 2015, 2016 regista um balanço positivo já com a existência de vários contratos de pré-arrendamento que serão contabilizados tanto em 2017, como em 2018".